Uma comissão de mulheres do poder público se reuniu na manhã desta terça-feira, dia 29, com o delegado seccional Alvaro Santucci Noventa Júnior e com o delegado Aroldo Cesário Diniz para tratar de duas pautas: funcionamento do novo espaço da Delegacia da Mulher e o protocolo de atendimento à mulher na delegacia. A reunião foi solicitada pela vereadora Raquel Picelli, presidente da Frente Parlamentar de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Câmara Municipal de Rio Claro.
Estiveram presentes além da presidente da Frente, a vereadora Maria do Carmo Guilherme, a Assessora de Referência e Atendimento à Mulher Bell Rezende, a presidente do Conselho dos Direitos da Mulher Guaraci de Paula Pereira, a representante do Centro de Referência Especializado de Assistência Social Roseli Correia, a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Dinorá Silmara dos Santos, a técnica de enfermagem da Vigilância Epidemiológica Ariane Pereira Contieiro.
Sobre as obras de construção do novo prédio da DDM, o Seccional explicou que houve a necessidade de prorrogação do contrato com a empresa, pois a parte elétrica precisará ser reestruturada, mas que há orçamento para esta ação.
Novamente, foi externada a preocupação em relação ao quadro de funcionários.
Diante desta situação, as vereadoras Raquel Picelli e Maria do Carmo Guilherme ainda destacaram que irão articular com os deputados estaduais Carlos Neder e Jorge Caruso e federais, Ana Perugini e Ricardo Izar, uma reunião com o delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, Youssef Abou Chahin e com o secretário estadual de Segurança Alexandre de Moraes.
Em abril deste ano, o delegado geral reconheceu que há um déficit no efetivo da corporação.
“Vamos para São Paulo mais uma vez. “A violência contra a mulher só aumenta. Precisamos que todos se mobilizem em defesa da mulher. Vamos elaborar ofício ao governo do estado solicitando escrivães e investigadores”, desabafam as vereadoras.
Sobre o protocolo de atendimento, o delegado seccional Alvaro Santucci solicitou material do Creas para que seja distribuído na hora do atendimento na delegacia e concordou que a maneira de acolher e atender a mulher vitimizada é fundamental. O objetivo é entender porque em 23 estupros denunciados em Rio Claro, o Creas acompanhou somente um.
O Seccional e o delegado Aroldo Diniz solicitaram também atenção nas ações preventivas e fortalecimentos de vínculos.
As vereadoras propuseram de eles irem a próxima reunião da Frente Parlamentar de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra a Mulher para expor aos presentes e à imprensa como estão sendo os atendimentos e a aplicação das ferramentas de proteção à mulher.
“O Centro de Referência Especializado de Assistência Social, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, a Assessoria de Referência e Atendimento à Mulher e Centro de Referência e Atendimento à Mulher são algumas ferramentas que as mulheres podem procurar para obter acolhimento, acompanhamento e informações, mas precisam estar integrados”, destaca Maria do Carmo Guilherme.
Raquel Picelli ainda enfatiza a necessidade de mudança comportamental dos homens. “É preciso uma discussão sobre o que está acontecendo; está havendo uma banalização da violência. A educação é a chave para a transformação“