“O assunto está em pauta. Críticas surgiram nos jornais e na internet, mas o preocupante foi verificar o julgamento de um homem sem ter o conhecimento necessário sobre o assunto. O próprio crítico confessa: “ninguém sabe o que é Doula”. Pois bem, se ele não teve a responsabilidade de se informar, eu terei o compromisso com todas as mulheres que passam pelo sensível momento de parir e irei explicar ”. São com estas palavras que a vereadora Raquel Picelli usa para defender o projeto de lei de sua autoria que institui o Dia Municipal da Doula.
A palavra “doula” vem do grego “mulher que serve”. A doula é uma mulher com habilidade para oferecer apoio emocional e físico antes, durante e após o parto. Fornece informações e auxilia a gestante (ou casal) na preparação para o parto e puerpério, contribuindo para que a mulher possa se empoderar, resgatar e fortalecer sua confiança no processo natural de parir.
Raquel Picelli destaca que o projeto tem justamente o objetivo estimular ações informativas visando à conscientização da importância das doulas; promover debates e outros eventos sobre a importância das doulas na gestação.
“Convido a todos a participarem da programação do Dia Municipal da Doula. Iremos realizar atividades durante o mês de dezembro. Reforço o convite aos homens, que devem praticar efetivamente o sentido da palavra companheirismo. A mulher em todo processo de gestação e principalmente na hora do parto deve ser muito bem assistida e tratada”.
A vereadora ainda salienta que a doula não faz procedimentos clínicos, e o papel mais importante dela é proporcionar carinho, apoio contínuo e segurança, pois assim aumentam as chances da mulher vivenciar um parto mais prazeroso e com menos intervenções.
Em uma busca pela internet, pode-se verificar vários positivos da presença da doula durante o parto:
– Diminui a chance de cesárea.
– Diminui a necessidade de medicação para a dor
– Faz com que os pais participem com confiança
– Aumenta sucesso na amamentação
Raquel Picelli também enfatiza outro ponto importante do projeto de lei; “Tenho atuado no combate a chamada “epidemia de cesáreas” no Brasil, país líder em partos realizados por meio de cirurgia no mundo.”
Em matéria publicada em julho no G1, atualmente, mais da metade dos bebês brasileiros nascem desta forma – um índice que chega a 84,6% na rede particular -, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão recomenda que a taxa fique entre 10% e 15% dos partos.
Estas algumas das razões que levaram a vereadora a elaborar o projeto de lei, mas existe um amplo trabalho que pode ser acompanhado por toda a população.
“As redes sociais, os jornais impressos, a televisão são ferramentas essenciais para construção de uma sociedade com sabedoria e inteligência. Por isso, peço apoio de todos para que juntos possamos continuar desenvolvendo um trabalho sério. E para aqueles que criticaram o projeto, venham em meu gabinete, faço questão de expor a importância para as mulheres sobre o tema, assim como podemos debater a questão da violência doméstica contra a mulher, contra os negros, idosos. Quanta irresponsabilidade, criticar por criticar”, conclui Raquel Picelli.