
Presidente do Conselho Fiscal PCJ, Júlio Lopes na abertura da reunião quarta-feira, 11
As chuvas registradas no Estado de São Paulo desde janeiro até agora foram insuficientes para recarregar o lençol freático. Com esta fala o secretário-executivo Francisco Lahóz fez a abertura da reunião do Consórcio PCJ – bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí na manhã da última quarta-feira, 11, na sede da entidade em Americana.
Presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ, Júlio Lopes representou Rio Claro no encontro. Segundo ele, diante da situação crítica imposta pela crise hídrica que afeta toda a região Sudeste não há como o governo paulista se preocupar apenas com o abastecimento da Grande São Paulo. “O desemprego na indústria atinge a maioria dos municípios paulistas. A agricultura acumula prejuízos diários e a conta da luz sobe de forma assustadora”, observou.
Na avaliação de Andreá Borges, gerente de Sensibilização e Gestão Consórcio PCJ, os municípios precisam fazer a radiografia do sistema de captação de água. Este trabalho, detalhou, consiste em verificar como estão as captações hoje e as condições de bombeamento com um olhar mais atento ao tempo de utilização dos seus componentes.
“Caminhamos a passos largos para ter apagões de 48 horas. Este liga e desliga vai danificar muitos equipamentos responsáveis pelo bombeamento da água devido às peças desgastadas pelo uso contínuo há muito tempo”, pontuou Andréa Borges.
Atento a fala de uma das representantes do Consórcio PCJ, Júlio Lopes comentou sobre a necessidade dos postos de saúde serem equipados com geradores. “Diante do risco de apagões de até 48 horas, temos a obrigação de zelar pela segurança das pessoas que encontram-se nas unidades médicas”, disse o vice-presidente da Câmara de Rio Claro.
No encerramento da reunião, Júlio Lopes discursou a favor de medidas que possam garantir a retenção da água da chuva. “Não há outro caminho. As cidades precisam construir barragens e decretar estado de emergência ou calamidade pública para que peças de reposição dos equipamentos responsáveis pelo bombeamento possam ser adquiridas sem atrasos”, finalizou.
O Consórcio PCJ vai estar reunido no próximo dia 26, em Brasília, com a rio-clarense Ana Beatriz Oliveira que responde pela Diretoria do Fundo Nacional do Meio Ambiente. “Precisamos do apoio do governo federal para investir no desassoreamento dos rios”, finalizou Francisco Lahóz.