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Ocupação de espaço em caixa d’agua expõe a perda do ambiente familiar devido ao vício

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O paulistano Danilo mora na caixa d’agua do Jardim das Palmeiras há duas semanas

Pessoas que moram ou circulam pelas proximidades da caixa d’agua localizada na Estrada dos Costas, no Jardim das Palmeiras, próximo ao trecho que dá acesso ao Jardim Guanabara verificam fato que chama atenção: um homem passou a morar no interior do local com apenas um colchão.

De acordo com moradores, no período noturno, o local também é ocupado por andarilhos. A pessoa que mora na caixa d’agua é o paulistano que atende pelo nome de Danilo, 35 anos, que nas últimas duas décadas passou a residir em Rio Claro com demais membros da família.

Casado e pai de quatro filhos, Danilo relata que foi abandonado pela esposa devido ao alcoolismo. “A minha mulher não me quer mais. A minha mãe mora a poucos metros deste local mas resolvi viver sozinho para não prejudicar ninguém”, admite o paulistano.

Na caixa d’agua, Danilo completou quatro dias, segundo próprio relato, sem alimentação. No local, também não há como tomar banho. Para agravar ainda mais o quadro, a caixa d’agua encontra-se em área que aos poucos vai ficando tomada por sucatas deixadas por andarilhos.

Diante deste quadro caótico, Maria do Carmo Guilherme busca caminhos que possam restabelecer as condições básicas de vida para o paulistano. A primeira medida foi a apresentação de requerimento já aprovado pela Câmara Municipal.

Através do requerimento, Maria do Carmo deu ciência ao Departamento Autônomo de Água e Esgoto, o Daae, e à Secretaria Municipal de Ação Social sobre o que está ocorrendo no Jardim das Palmeiras.

“O quadro é chocante. A situação de Daniel retrata a realidade de muitas pessoas que perdem o convívio familiar devido à dependência química”, comenta. “Todo ser humano, independente do problema que enfrenta, precisa ser tratado com dignidade”, finalizou a vereadora.