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Comissão de Direitos Humanos abre debate sobre a prevenção de acidentes nas proximidades das escolas

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Representantes das redes municipal e particular estiveram no Legislativo

Discussão complexa porém necessária, o trânsito e seus efeitos foi tema central de mais uma atividade desenvolvida pela Comissão dos Direitos Humanos no Plenário da Câmara Municipal na tarde da última quarta-feira, dia 26. Coordenado pelo presidente da comissão Anderson Christofoletti, o encontro contou também com as presenças dos vereadores Geraldo Voluntário e Maria do Carmo Guilherme que também integram o grupo.

Com o objetivo de definir ações para que mais vidas não sejam ceifadas pelo trânsito, a comissão reuniu diretores e representantes de escolas municipais, particulares e creches. A reunião foi motivada pelas informações recebidas pelos parlamentares que apontam para situação crítica nas portas de empresas e estabelecimentos de ensino principalmente nos horários de pico.

Após debater o assunto com membros de diversas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), a Câmara estendeu o debate às pessoas que trabalham diretamente com milhares de alunos de idades variadas no município.

A rede municipal esteve representada pelas escolas Djiliah Camargo de Souza (Jardim Ipê), Lucidia Therezinha Cassavia Soares (Jardim Boa Vista), Paulo Koelle (Centro), Samira Asencio Savoldi (Jardim Santa Eliza), Sérgio Hernani Fittipaldi (Jardim das Flores), Sueli Maria Proni Cerri (Vila Cristina), Sylvio de Araújo (São Miguel) e Rosa Maria (Cervezão). Também estiveram presentes representantes da creche Maria Teixeira Fittipaldi e do Colégio Koelle (particular).

Entre os relatos apresentados à comissão, apurou-se que as escolas Sylvio Araújo e Sérgio Hernani enfrentam problemas graves no trânsito – bairros São Miguel e Jardim das Flores, respectivamente – por conta de ruas de mão dupla de direção. A solicitação é para que a Câmara interceda junto à Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana para que estas localidades passem a contar com ruas de mão única de direção.

No Jardim Boa Vista, escola Lucidia Soares, a proximidade de um córrego torna o ambiente inadequado para quem trabalha e estuda. Mesmo assim, aponta a representante do estabelecimento de ensino, o problema maior verifica-se no transporte de alunos, incluindo muitas crianças, de forma irregular. “Não podemos generalizar, mas, também se calar não é o melhor caminho. Muitas vezes as vans chegam na nossa escola com as portas abertas”, afirmou ao solicitar fiscalização e providências emergenciais.

O Colégio Koelle colocou na pauta a velocidade excessiva que veículos e motos trafegam pela Avenida 14 sentido da Rua 2 para a Avenida Visconde do Rio Claro. De acordo com a representante da escola o risco de acidentes é permanente no cruzamento da referida avenida com a Rua 5. O colégio solicitou apoio da comissão para que o município providencie a instalação de semáforo no local. Para amenizar os congestionamentos nesta região, explicou a educadora, o Colégio Koelle alterou a grade de horário.

A comissão apresentou números que comprovam a gravidade das mortes no trânsito. De acordo com Anderson Christofoletti, crianças com idades de zero a 14 anos morrem um milhão de pessoas por ano no mundo. No Brasil, na mesma faixa etária, morrem mil crianças por ano e outras 140 mil são hospitalizadas por ferimentos diversos. “Em Rio Claro, somente entre janeiro e agosto de 2013 foram registradas 12 mortes no trânsito. Ou seja, em nossa cidade o trânsito mata mais de uma pessoa por mês”, enfatizou.

Geraldo Voluntário destacou a importância de se desenvolver trabalho de conscientização com os pais e responsáveis que se deslocam diariamente às escolas para buscar alunos. “O nosso foco principal tem de ser a educação no trânsito voltada aos pais. Caso contrário, não venceremos esta batalha”, disse.

Maria do Carmo Guilherme defendeu que além dos trabalhos com os pais e responsáveis, as escolas promovam atividades de orientação e educação de trânsito com alunos nas dependências do Sest Senat. “Precisamos ter atenção especial com as nossas crianças. Elas serão os motoristas em um futuro bem próximo”, afirmou.

No encerramento, Anderson divulgou que os radares estão multando 120 motoristas por dia em Rio Claro e salientou: “A fiscalização eletrônica torna o momento favorável para a discussão sobre o respeito às leis de trânsito. O prejuízo financeiro é um mecanismo poderoso que força a pessoa a exercitar a conscientização”, completou.