Anderson Christofoletti abordou o tema segurança no Plenário da Câmara Municipal
A constatação do vereador Anderson Christofoletti foi externada à comunidade através da sua fala na tribuna da Câmara Municipal na sessão ordinária da última segunda-feira, dia 11.
Membro da Comissão Organizadora do Fórum Regional de Segurança Urbana e Rural, realizado na última sexta-feira no Centro Cultural Roberto Palmari, o parlamentar acompanhou atentamente os números da violência apresentado por Carlos Aguiar (AGA Comunicação) e as palestras do tenente-coronel Marco Antônio Bellagamba, delegados Sueli Isler e José Gustavo Viegas Carneiro, promotor público Fernando Capez e juristas Alice Bianchini e Luiz Flávio Gomes.
Na avaliação de Anderson, a escalada da violência com reflexos intensos de insegurança tem traços bem definidos. Segundo ele, de um lado está a criminalidade com organização administrativa, financeira e territorial inquestionável. “Soma-se a isso um comando inteligente, efetuado com força e rigor, muitas vezes dentro dos depósitos de pessoas conhecidos como penitenciárias”, sinaliza.
O vereador expõe que além de bem armado, o crime organizado conta ainda com aliado de peso: o marketing gratuito efetuado por revistas do crime as vezes ao vivo nos principais canais de TV e em horários de grande audiência.
Anderson seguiu sua linha de raciocínio ao observar que o crime também é organizado e bem estruturado na hora da captação de recursos. “Através de usuários de drogas, furtos e roubos – incluindo bancos – a soma necessária para manter a máquina da violência em funcionamento é computada com facilidade”, disse.
Do outro lado, alerta o parlamentar do PMDB, encontra-se a segurança pública que está sob a responsabilidade das Polícias Civil e Militar com o apoio das Guardas Civis Municipais. O primeiro problema, aponta o vereador, é a divisão da estrutura. “Pode até haver união no comando, porém a realidade nas ruas é outra”, verificou. “Neste mesmo patamar incluo a falta de amparo do Poder Judiciário no que diz respeito à aplicação do rigor da lei”, acrescentou.
Para Anderson, que além de vereador tem experiência na área da advocacia, a legislação penal não colabora, não pune, não educa. “É totalmente atrasada e ineficaz”, frisou em sua fala no Plenário do Legislativo municipal.
Outro problema apontado pelo parlamentar diz respeito à valorização profissional. A seu ver, hoje os policiais trabalham no limite, fazem o que pode e mesmo assim são mal remunerados por colocar a vida em risco de morte diariamente para garantir a segurança da comunidade.
Anderson verificou, ainda, a dificuldade em reforçar os efetivos policiais devido a estrutura burocrática que tem entre as etapas obrigatórias cursos de formação que levam no mínimo dois anos de duração. “Sem contar com instrumentos e ferramentas de trabalho que dependem de licitação. Tais situações, na área da segurança, dispensam comentários”, frisou.
No encerramento da sua fala, Anderson cita que se de um lado está o crime totalmente organizado e do outro a segurança pública desestrutura, no centro encontra-se o povo que amedrontado pouco pode fazer para reverter este quadro negativo.
“A sociedade, com medo, investe pesado em segurança particular adquirindo cada vez mais câmeras, cercas elétricas, alarmes, entre outros aparatos que de alguma forma previne a atuação do crime, dispensa a ronda policial e resgata um pouco a sonhada sensação de segurança”, detalhou Anderson.
Para o vereador, o caos só não é completo devido às atuações de igrejas e do próprio Cristianismo. “O evangelho traz a sensação de segurança. A sua base educacional consiste no amor ao próximo, no fazer o bem e com isso crianças, adolescentes e jovens são instruídos a servir. Também há o papel fundamental de converter o caminho de muitas vidas voltadas à maldade e ao crime”, salientou Anderson.
Anderson defende a implantação de conjunto de ações que inclui: investimento, do governo estadual, para o aparelhamento da estrutura e melhora dos salários dos policiais; ação dos deputados (estaduais e federais) para desburocratizar os mecanismos de investimentos na segurança, educação e saúde; ao Executivo municipal cabe atuar, com urgência, nos pontos problemáticos, entre eles bares, além de providenciar luminárias para todos os pontos escuros e corte de mato alto nas praças públicas; ações suprapartidárias por parte dos vereadores em busca de melhorias para cidade na área da segurança e a criação de Frente Parlamentar criada com a assinatura de todos os vereadores. “O caminho é longo, mas, não podemos perder a esperança”, finaliza.