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Câmara aprofunda discussão sobre o morador de rua ao instituir nova Frente Parlamentar

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Raquel Picelli defendeu a criação da nova Frente Parlamentar segunda-feira no Plenário

Proporcionar àquele que vive hoje às margens da sociedade a possibilidade de retomar o convívio principalmente no ambiente familiar. Com este objetivo os vereadores Raquel Picelli, Agnelo Matos e Maria do Carmo Guilherme, através de ação conjunta, apresentaram Projeto de Resolução que institui na esfera legislativa a Frente Parlamentar em Defesa da População de Rua do Município de Rio Claro. A proposta, analisada em votação única, foi aprovada por unanimidade pelo Plenário na sessão ordinária da última segunda-feira, dia 7.

A Frente Parlamentar, de acordo com o projeto, vai contar, sempre que possível, com no mínimo um representante de cada partido político que compõe a Câmara. Compete aos vereadores, neste trabalho, propor, analisar, denunciar, desenvolver e viabilizar estudos, projetos e debates que demonstrem a importância e responsabilidade de garantir o desenvolvimento social, econômico, cultural da população de rua.

No Plenário, na segunda-feira (7), Raquel Picelli observou que os moradores de rua não são realidade apenas em Rio Claro. “Estamos diante de uma situação que atinge quase a totalidade dos municípios brasileiros”, comentou.

A vereadora do PT citou aos demais parlamentares que em muitos casos, os moradores de rua perderam o vínculo familiar e social por conta da associação com álcool e drogas. Porém, disse Raquel, também há aqueles que moram na rua por opção própria sem registrar problemas principalmente no ambiente familiar.

Raquel Picelli busca apoio dos demais membros da Frente Parlamentar para que Rio Claro possa contar com Centro de Referência Especializado em Situação de Rua. “Tenho requerimento aprovado neste sentido o qual encontra-se com a Secretaria Municipal de Ação Social”, disse a parlamentar ao explicar que a equipe técnica é custeada pelo governo federal.

A vereadora do PT lembrou ainda que os moradores de rua têm perfil de itinerantes, ou seja, são enviados de uma cidade para outra sem que ninguém se preocupe com a busca por uma solução definitiva.

“Faço votos que esta Frente Parlamentar consiga resolver esta questão”, disse o vereador Anderson Christofoletti que comentou sobre o trabalho realizado por evangélicos no município. “No inverno deste ano conseguimos arrumar vagas em abrigos tirando várias pessoas das ruas nas madrugadas frias”, afirmou o parlamentar.

Na sessão ordinária, Dalberto Christofoletti avaliou que muitas pessoas se tornam moradores de rua por conta da ação da sociedade que elimina os valores pessoais das pessoas. “Estamos diante da política higienista que visa apenas expulsar os moradores de rua de uma cidade para outra sem que se defina políticas públicas para resolver a situação”, afirmou o vereador do PDT.

O presidente Agnelo Matos avalia que ao criar a Frente Parlamentar em Defesa da População de Rua a Câmara Municipal confirma a sua preocupação com as pessoas que passam por momento difícil da vida. “Não se pode dar as costas aos moradores de rua. É justamente na dificuldade que as pessoas precisam de ajuda. Por isso, avalio que estamos diante de um trabalho que realmente merece a atenção do Legislativo”, disse.

Na mesma rota, Maria do Carmo enfatizou que independente da dificuldade que a pessoa está atravessando, a ajuda se faz necessária. “Todos nós somos seres humanos. O problema é nacional. Aqui em Rio Claro temos de dar a nossa cota de contribuição buscando alternativas que possam no mínimo reduzir o sofrimento dos moradores de rua”, afirmou.

Maria do Carmo explica que o município conta com diversos projetos voltados aos moradores de rua. A seu ver, se faz necessária a efetivação destes projetos. “Precisamos articular com as secretarias municipais uma forma única de agir”, avaliou.