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Câmara rejeita qualidade do serviço prestado e sinaliza para reunião emergencial com Elektro

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João Zaine, Geraldo Voluntário, Dalberto Christofoletti e Júlio Lopes discutiram o assunto no Plenário

O número elevado de lâmpadas apagadas e o fornecimento irregular de energia elétrica para o setor industrial, fatores que causam transtornos e prejuízos diversos à comunidade e empresários com frequência, levam a Câmara Municipal a manifestar-se contra a qualidade do serviço prestado pela Elektro. O assunto foi abordado de forma intensa na sessão ordinária da última segunda-feira, dia 2, a partir da fala do líder do Governo no Legislativo, vereador João Zaine (PMDB).

Para o parlamentar, a Câmara Municipal não pode cruzar os braços diante da insatisfação dos moradores da cidade. Ele observa que o problema de lâmpadas apagadas, que ocorre diariamente em várias regiões de Rio Claro, diariamente, aumenta o clima de insegurança nas ruas. “As pessoas não têm como entrar ou sair de suas casas no período noturno em segurança”, observou o vereador ao destacar que em muitos casos mesmo acionando a concessionária os munícipes precisam esperar muitos dias até o restabelecimento da luz. “Exemplifico a situação com o caso da Rua 3 entre as Avenidas 22 e 24, na área central. A reclamação da comunidade foi publicada por jornais e mesmo assim a troca de lâmpadas demorou muito”, acrescentou. “Situações como esta repetem-se com frequência, principalmente na periferia”, alertou.

O problema, comentou Zaine na tribuna da Câmara, não se limita aos transtornos causados aos munícipes na esfera domiciliar. De acordo com o vereador, o setor industrial também sofre e acumula prejuízos financeiros com o fornecimento irregular de energia elétrica. “A situação é deplorável”, enfatizou o vereador ao defender a realização, com urgência, de reunião com a concessionária na Câmara.

A fala de João Zaine foi acompanhada por outros três vereadores. Para Dalberto Christofoletti, o serviço prestado pela Elektro em Rio Claro deixa muito a desejar. O parlamentar do PDT, assim como Zaine, observou em seu discurso no Plenário que muitos pontos da cidade estão escuros simplesmente pela falta de substituição de lâmpadas. “A empresa precisa vir aqui na Câmara prestar contas à comunidade”, defendeu.

Geraldo Voluntário, do Democratas, observou que a Câmara Municipal precisa unir forças para que a concessionária tenha a consciência que o serviço prestado na cidade é fiscalizado. “Somos os representantes legítimos de todas as pessoas que sofrem com a escuridão nas ruas. Neste momento, é preciso cobrar a melhora do serviço”, argumentou.

Na avaliação de Júlio Lopes (PP), o número elevado de lâmpadas apagadas na cidade tem ligação com a Resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que determina a transferência dos ativos da iluminação pública das concessionárias de energia para os municípios a partir de janeiro de 2014. “Por que a empresa vai dar manutenção se a rede vai passar para a prefeitura daqui a pouco?”, questionou.

Por outro lado, Júlio Lopes alerta que a prefeitura paga mensalmente por todas as lâmpadas que formam o sistema de iluminação pública da cidade. “Estamos pagando por serviço não prestado. Temos obrigação de reverter este quadro já que trata-se de dinheiro público”, declarou.

O vereador do PP observa, ainda, que em caso de lâmpadas apagadas o consumidor precisa acionar a Elektro pelo telefone 0800 e fornecer o número do CDC, que consta na conta, para solicitar a substituição. “Muitas pessoas, de forma errada, entram em contato com a prefeitura”, observou.

Resolução

Autora do requerimento aprovado pela Câmara, que prevê a criação do Conselho Municipal de Serviço Público de Energia, Raquel Picelli articula reunião com a Ciesp, Associação dos Aposentados da Cesp, associações de bairros, Elektro e representantes da Aneel para que a Resolução 414/2010 possa ser debatida. “É preciso abrir a discussão com a comunidade. Rio Claro conta com liminar, assim como Limeira, para garantir que os efeitos da resolução não tenham validade a partir de janeiro do próximo ano. Mas, a liminar não se trata de garantia definitiva. Vamos avançar com este assunto”, afirma.