
Presidente da Câmara, Agnelo Matos e o superintendente do Daae, Geraldo Pereira.
Motivada por reclamações de pessoas que moram próximas a reservatórios de água, em fase de construção, que apresentaram problemas devido a ação do vento forte que atingiu a cidade nos últimos dias, a Câmara Municipal realizou reunião na tarde da última sexta-feira, dia 2.
Presente no Plenário, o superintendente do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae), Geraldo Gonçalves Pereira explicou, na parte inicial do encontro, como a Prefeitura Municipal captou R$ 25 milhões do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) e a forma como o trabalho está sendo executado. Na parte final da reunião, Pereira respondeu a questionamentos feitos por parlamentares.
Tema central da conversa, o reservatório localizado na região do bairro Mãe Preta, que entortou e deslocou-se da base de sustentação, foi colocado na pauta pelo presidente da Câmara, Agnelo Matos. O motivo da flexibilidade do material utilizado na caixa d’agua foi o primeiro questionamento feito ao superintendente da autarquia.
Geraldo Pereira afirmou que os reservatórios em fase de construção em diversos locais do município são de chapa de aço. “Na sua base, o reservatório conta com chapa de um centímetro de espessura, muito semelhante a utilizada em casco de navio”, comentou.
O superintendente explicou que a resistência deste tipo de reservatório de água é de dentro para fora. “Colocando o tampão na caixa d´agua e realizado todos os testes obrigatórios por contrato posso afirmar que os reservatórios vão apresentar a segurança esperada por todos”, citou Pereira ao detalhar que cada caixa d’ agua conta com sistema hidráulico interno para controlar o volume e deslocamento da água. “Os testes de solda consistem em dois tipos: raio X e líquido penetrante. O sistema é seguro”, acrescentou.
Com relação ao problema ocorrido em Rio Claro, ou seja, reservatório entortado pela ação do vento, Pereira sinalizou que em Limeira e Jundiaí situações semelhantes ocorreram. “Especificamente no caso do reservatório do Mãe Preta posso dizer que três dos nove grampos se soltaram. Por isso, houve o deslocamento. Tal situação já foi corrigida”, apontou o superintendente ao frisar que todos os grampos dos novos reservatórios serão fundidos.
Indagado sobre possível multa à empresa responsável, pelos problemas apresentados nas obras, Geraldo Pereira confirmou que o valor da penalização já está em estudo. “Gostaria de deixar claro que o pagamento só é feito após fiscalização por parte da Caixa Federal. Estamos falando de recursos do PAC 2”, comentou.
O superintendente também foi questionado se a empresa responsável teria subempreitado parte dos serviços. Pereira observou que tal medida é legal porém a empresa contratada é a responsável por todos os trabalhos.
Participaram da reunião os seguintes vereadores: Agnelo Matos, Maria do Carmo, Anderson Christofoletti, João Zaine, Júlio Lopes, Geraldo Voluntário, Juninho da Padaria, Raquel Picelli, Paulo Guedes e Dalberto Christofoletti.