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Artesãos reivindicam a liberação de avenida para estacionamento e retomada da segurança

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O comércio nos boxes na Praça dos Artesãos, destinados ao comércio de produtos não industrializados, depende da circulação de pessoas para que as vendas possam se manter aquecidas. Com a proibição do estacionamento de veículos – exceto ônibus – em toda a extensão da Avenida Conde Matarazzo Junior, nas imediações do Shopping Center Rio Claro, comerciantes enfrentam muitas dificuldades as quais foram levadas ao conhecimento do vereador Anderson Christofoletti na tarde da última sexta-feira.

Elza de Cássia que trabalha como artesã há seis anos confirma que após a proibição do estacionamento de veículos as vendas que eram satisfatórias hoje em dia podem ser consideradas fracas. “Antes, o comércio era muito bom. Agora, ‘pinga’ uma venda aqui, outra ali”, informa a artesã ao divulgar que enfrenta dificuldades para manter o negócio.

Vânia Cristina de Almeida, que trabalha na Praça dos Artesãos há dois anos, atribui a queda nas vendas diretamente à proibição no estacionamento. “Ninguém para dentro do shopping para atravessar a rua e vir prestigiar o nosso comércio. A situação aqui é preocupante”, sinaliza.

Segundo Benedita Ferraz, que atua como artesã há quatro anos, o problema na praça não se restringe a falta de clientes. Ela defende atuação do poder público no sentido garantir a segurança no local.

Maria Lúcia comentou com o vereador Anderson Christofoletti outro problema. Ela aponta que recentemente as mulheres que estavam nos quiosques da Rua 1 entre as Avenidas 2 e 6 foram trazidas para a Praça dos Artesãos. “Agora, somos 20 mulheres ocupando 12 boxes. Avalio que isso não está correto”, ponderou.

Nice Souza, uma das artesãs que estava no espaço da Rua 1, próximo à antiga estação ferroviária, diz não entender o motivo pelo qual a prefeitura determinou a desocupação. Segundo ela, “lá era um verdadeiro forno de tão quente, mas a situação era melhor do que a atual onde duas artesãs dividem espaço minúsculo”.

Maria Francisca, que também ocupava quiosque na Rua 1, observou que a determinação para que elas desocupassem a área tinha como finalidade abrir espaço para os ambulantes que encontram-se no Jardim Público. “A gente não discutiu, mas, todos sabem que os ambulantes não vão deixar o Jardim Público para ocupar aqueles quiosques da Rua 1”, avaliou.

As reivindicações também passam pela implantação de estacionamento para as artesãs atrás dos boxes e também melhoria nos sanitários já que muitas mulheres passam o dia todo na praça. Diante dos depoimentos, Anderson Christofoletti comentou que buscará informações sobre a possível implantação de estacionamento rotativo nas imediações da Praça dos Artesãos. “A meu ver, a Avenida Francisco Conde Matarazzo Junior tem extensão significativa. Acredito ser possível destinar parte dela ao estacionamento de pessoas que queiram comprar mercadorias nos boxes das artesãs”, comentou.

O vereador do PMDB também adiantou para as comerciantes que vai buscar informação sobre o que motiva a falta de segurança na praça. “Aqui, há carências. Vamos buscar soluções”, comentou o vereador.