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Descentralização das ações ganha força na Câmara através do Professor Dalberto

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“Sem a preparação do ser humano, não há desenvolvimento. A violência é fruto da falta de educação”. Com esta frase do ex-governador Leonel Brizola, Dalberto Christofoletti, também conhecido como Professor Dalberto (PDT) dá o pontapé inicial nos trabalhos como vereador da Câmara Municipal de Rio Claro.

Entre as ações prioritárias, prevista para a atual legislatura, ele avalia que a descentralização das ações da Câmara merece atenção especial.  Ao destacar que o Poder Legislativo trata-se do representante direto do povo, o representante do PDT alerta que “os vereadores não podem se trancar em seus gabinetes e esperar comodamente a população e seus problemas”.

A seu ver, o avanço populacional, com o surgimento de novos bairros em localidades distantes, pavimenta a sua proposta que é a de levar o Legislativo até o povo. “Muitos bairros situam-se distantes da área central. Desta forma, para a população empobrecida, que mais necessita do Estado, o acesso fica dificultado. Daí a ideia da Câmara ir até o bairro”, detalha o parlamentar.

Com o contato direto, justifica o Professor Dalberto, o Legislativo terá como interagir com os moradores modernizando sua relação com o público. “Avança-se assim da democracia representativa para a democracia participativa. Além do voto, os cidadãos conseguiriam construir com seus representantes a plena participação política”, acrescenta o parlamentar.

O distanciamento da comunidade com a Câmara Municipal, aponta o Professor Dalberto, não se vê na mesma proporção quando a medida se faz com o Executivo – a administração municipal. De acordo com o vereador, as inúmeras reuniões do Orçamento Participativo se apresentam como ferramenta eficaz capaz de diminuir a distância entre o povo e a prefeitura. “A Câmara precisa, de forma emergencial, também criar a sua ferramenta de contato com a comunidade. Por isso, defendemos a descentralização das ações que possa criar mecanismo para levar a Câmara aos bairros”, afirma o vereador.

Para o vereador do PDT, a descentralização dos trabalhos poderia ser feita de forma organizada e conjunta. Com isso, a ideia inicial, a ser aprimorada, é de que os vereadores possam se deslocar em conjunto até os bairros para verificar as suas demandas podendo inclusive elaborar requerimentos coletivos os quais teriam mais força de reivindicação.

A ação legislativa, defende o Professor Dalberto, poderia também contar com representantes do governo municipal já que as principais carências populares orbitam nas esferas da Habitação, Educação, Saúde e Obras. “Por fim, a sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada no bairro, coroaria todo o trabalho”, frisa o vereador.

Para Dalberto, a Câmara tem condições de liderar esta interiorização gerando novo paradigma de atendimento público e estimulando outros braços do Estado a fazerem o mesmo. “Como cantavam os revolucionários de 68: ‘A verdadeira política passa-se nas ruas’. Assim é possível reformar de alto a baixo as perspectivas parlamentares”, pontua.

No levantamento feito no segundo semestre do ano passado, por conta do processo eleitoral, o Professor Dalberto diz ter encontrado muitos pontos invisíveis, ou seja, “áreas completamente abandonadas”. Ele alerta que onde o braço do poder público não alcança proliferam diferentes tipos de degradação social. “Ampliando o debate social, evita-se a mercantilização da política”, finaliza.