Em 2017, o Estado de São Paulo registrou a morte de 60 policiais, entre civis e militares. A situação é ainda mais caótica no Rio de Janeiro onde somente neste ano 83 policiais foram baleados, destes 27 não resistiram.

Ruggero Seron com o deputado federal Jair Bolsonaro em Brasília
Diante desta situação, real porém preocupante, policiais da reserva que atualmente encontra-se com mandatos legislativos em andamento se encontraram na Câmara dos Deputados para unir forças em busca de caminhos que possam frear a escalada da violência contra os profissionais que diariamente deixam suas casas em prol da segurança da população.
Ruggero Seron (DEM), conhecido também como Seron do Proerd pelo amplo trabalho de prevenção às drogas que desenvolve, representou a Câmara de Rio Claro na reunião na última terça-feira, 13/3.
Na audiência pública realizada pela Comissão Externa da Câmara, criada para avaliar este grave problema que afeta a polícia, o debate foi coordenado pelo deputado federal Cabo Sabino (PR-CE). Estavam presentes: Sargento Lotin, presidente da Associação Nacional das Praças; vereadores Cabo Ismael e Soldado Seron, presidente e vice da Comissão das Praças Parlamentares; o presidente da Federação Nacional de Policiais Federais, Luís Antônio de Araújo Boudens; presidente da Federação Nacional dos Servidores Penitenciários, Fernando Ferreira de Anunciação e o presidente da Associação Nacional dos Agentes de Trânsito do Brasil, Antônio Coelho Meireles Neto,
Na pauta, a insegurança pública, que também atinge os policiais, e o Projeto 5492/16 que estabelece o pagamento de adicional de periculosidade para os agentes de segurança. Pela proposta, assinada pelo deputado Cabo Daciolo (PTdoB-RJ), o adicional deve equivaler, no mínimo, a 30% da remuneração.
Em sua fala, Seron enfatizou: “Parece que, até então, os órgãos públicos e a própria Câmara dos Deputados estavam com os olhos fechados diante deste grave problema gerado pelos assassinatos de agentes ligados à segurança pública”, criticou o vereador ao ressaltar que até mototaxistas têm direito a adicional de periculosidade. “Os policiais, de todas as esferas, que estão dando a vida pela segurança não têm o reconhecimento legal da atividade perigosa. Ter 500 policiais mortos ao ano é inadmissível em qualquer parte do mundo”, afirmou.
O PL 5492/16 já foi aprovado na Comissão de Segurança Pública. O texto está em análise agora na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público onde o relator, deputado Cabo Sabino, já apresentou parecer favorável, com algumas alterações na proposta original.
Em Brasília, Ruggero Seron também esteve com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) que também é militar da reserva.