
Solenidade reúne ex-vereadores e presidentes na Câmara Municipal
A solenidade de descerramento das placas de revitalização das galerias de vereadores e presidentes da Câmara Municipal, que retrata os parlamentares que passaram pela Casa desde 1845, foi realizada na noite da última quinta-feira, 30.
Os trabalhos foram coordenados pelo presidente João Zaine. A Mesa Principal também contou com os vereadores Dalberto Christofeltti e Raquel Picelli, os ex-presidentes Sérgio Guilherme e Manoel José Silva e José Felício Castellano, o Gijo, que atuou na vida pública como vereador e deputado.
Zaine iniciou a sua fala através do marco inicial, 9 de novembro de 1845, data em que a primeira Câmara Municipal foi instalada em Rio Claro oito meses após passar de Freguesia a Vila. Naquela ocasião, José Estanislau de Oliveira, o Visconde de Rio Claro, atuou como primeiro presidente.
De acordo com Zaine, na reforma realizada no terceiro andar do Paço, onde funciona o Legislativo, entre 2014-15, verificou-se que os quadros estavam desfazendo em estado crítico de decomposição devido à ação de cupins. “História perpetuada nos corredores da Câmara. Foi feito trabalho de recuperação das fotos, trocadas todas as molduras, trabalho realizado com muito amor e respeito aos vereadores que que dedicaram-se anos de trabalho à esta casa de leis”, comentou o presidente ao saudar o ex-vereador Sérgio Hernani Fittipaldi (in memorian) através do seu filho Sandro que trabalha na Câmara.
Raquel Picelli retratou a solenidade como um momento histórico através do qual o Legislativo presta homenagem aos parlamentares que ao longo das décadas ajudaram a construir a legislação e políticas públicas que estão em vigência. “Este ato traz energia do bem para esta Casa ajudando na construção de um mundo melhor”, frisou.
Sérgio Guilherme destacou a importância da Câmara de Rio Claro retomar as 19 invés das 12 atuais cadeira na próxima legislatura a partir de janeiro do próximo anos. “Com 19, a participação é muito mais efetiva, sempre tivemos este número sem problemas”, defendeu.
Para Manoel Silva, que se considera um privilegiado por atuar como vereador 16 anos e neste período presidir a Câmara, a cerimônia tem significado grande. “Quero registrar agradecimento ao presidente Zaine por ter tido esta iniciativa”, disse.
Gijo dirigiu as palavras ao presidente Zaine ao enfatizar que este ato preserva o passado. “Somente preserva o passado as pessoas que amam, portanto este é um ato de amor herdado dos seus pais”, afirmou. O ex-vereador e deputado salientou que a Câmara é orquestra da democracia, e para tanto precisa ser composta por todos os músicos, alinhados. “Este ato simboliza o debate e o diálogo. No debate, têm vencido e vencedores. No diálogo não tem derrotados, por isso a Câmara deve ser a Casa do Diálogo para que se encontrem as soluções desejadas por todos e não de apenas um grupo”, detalhou.
Dalberto Christofoletti citou a lei da criação do Centro de Memória e a devolução dos mandatos aos vereadores cassados na Ditadura Militar. “Câmara se faz assim, discutindo o presente, olhando para o futuro mas sem esquecer a sua história”, observou.
O prefeito Du Altimari lembrou que muito antes da Prefeitura existir, a Câmara comandava os atos administrativos da cidade. A seu ver, Legislativo é poder do povo, onde não se consolida é ditadura. “Um dos grandes resgates da história que vai ficar marcado em nossa cidade é a representação popular, de sair de 12 para 19 vereadores. Estamos abrindo a possibilidade para que lideranças de bairro e pessoas de menor poder aquisitivo possa estar aqui na Câmara discutindo os destinos da cidade”, comentou no encerramento da solenidade.
Também participaram do evento os ex-vereadores: Antônio Tedesco, Laerte Tebaldi Filho, Marco Antônio Mendonça, Pedro Gilberto Tomazella, Moacir Rossini, Sérgio Desiderá, Renê Scienza, Clóvis Roveratti e Nilson Ferreira de Lima. O deputado Aldo Demarchi foi representado por Val Demarchi.