Uma área territorial com limites claramente definidos, que inclui notável patrimônio geológico, associado a estratégia de desenvolvimento sustentável. Com esta definição o Geoparque caminha para se tornar realizada na Bacia do Rio Corumbataí. A informação do presidente do Conselho Fiscal do Consórcio PCJ –bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí – está alinhada com a sinalização positiva feita pela Unesco (Organização das Nações Unidos para Educação, Ciência e a Cultura).
O Consórcio vai estar reunido na manhã desta quinta-feira, 3, para avaliar a informação confirmada via e-mail pela responsável pelo Programa de Geoparques na América Latina, a uruguaia Denise Gorfinkiel. “Os documentos enviados pelo Consórcio são muito interessantes e me permitem dizer que área contém características para o estabelecimento de um Geoparque”, disse Denise ao adiantar que “a implementação deste projeto não é fácil e requer muito empenho para constituí-lo de acordo com os estatutos da Unesco”.
Julinho Lopes, que há exatamente um ano esteve em Brasília, no Ministério do Meio Ambiente (MMA) reunido com a diretora do Fundo Nacional do Meio Ambiente, Ana Beatriz Oliveira, avalia o apoio da Unesco como extremamente positivo para que a Bacia do Rio Corumbataí possa se fortalecer com ações de preservações. A seu ver, a recuperação de Áreas de Proteção Ambiental (APA) e o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) são medidas essenciais para que a bacia possa ter as suas condições asseguradas mantendo a qualidade do rio responsável pelo abastecimento de várias cidades, entre elas Rio Claro e Piracicaba.
O Consórcio PCJ durante o segundo semestre do ano passado realizou intensa pesquisa em torno do tema. Técnicos da entidade visitaram o Geoparque Araripe, situado em Crato, no Ceará, o único desse localizado no Brasil. De posse das informações levantadas na visita técnica e somado aos estudos realizados pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP) acerca de geossitios localizados na Bacia do Corumbataí, o Consórcio PCJ formalizou consulta junto à Unesco ao final de 2015 sobre a viabilidade de implantação de um Geoparque na respectiva bacia, que por fim, veio a resposta agora no mês de fevereiro.