A Câmara Municipal de Rio Claro realiza na sexta-feira dia, dia 18, às 13h30, roda de conversa sobre a humanização do parto e nascimento e o papel das doulas junto à gestante e a equipe de saúde. A iniciativa é da vereadora Raquel Picelli, por meio de projeto de lei que institui o Dia Municipal da Doula.
A Roda de Conversa será coordenada pelas doulas Vania Cristina Rondon Bezerra e Cristiane Tarcinali Moretto Raquieli. Após o debate, haverá pintura de barriga nas gestantes.
A palavra “doula” vem do grego “mulher que serve”. A doula é uma mulher com habilidade para oferecer apoio emocional e físico antes, durante e após o parto. Fornece informações e auxilia a gestante (ou casal) na preparação para o parto e puerpério, contribuindo para que a mulher possa se empoderar, resgatar e fortalecer sua confiança no processo natural de parir.
Raquel Picelli destaca que o projeto tem justamente o objetivo estimular ações informativas visando à conscientização da importância das doulas; promover debates e outros eventos sobre a importância das doulas na gestação.
“Convido a todos a participarem da programação do Dia Municipal da Doula. Reforço o convite aos homens, que devem praticar efetivamente o sentido da palavra companheirismo. A mulher em todo processo de gestação e principalmente na hora do parto deve ser muito bem assistida e tratada”.
A vereadora ainda salienta que a doula não faz procedimentos clínicos, e o papel mais importante dela é proporcionar carinho, apoio contínuo e segurança, pois assim aumentam as chances da mulher vivenciar um parto mais prazeroso e com menos intervenções.
Em uma busca pela internet, pode-se verificar vários positivos da presença da doula durante o parto:
- Diminui a chance de cesárea.
- Diminui a necessidade de medicação para a dor
- Faz com que os pais participem com confiança
- Aumenta sucesso na amamentação.
A doula Natália Melleiro destaca que o ambiente impessoal dos hospitais, a presença de grande número de pessoas desconhecidas em um momento tão íntimo da mulher, tende a fazer aumentar o medo, a dor e a ansiedade. “Essas horas são de imensa importância emocional e afetiva, e a doulase encarregará de suprir essa demanda por emoção e afeto, que não cabe a nenhum outro profissional dentro do ambiente hospitalar”.
Raquel Picelli também enfatiza outro ponto importante do projeto de lei; “Tenho atuado no combate a chamada “epidemia de cesáreas” no Brasil, país líder em partos realizados por meio de cirurgia no mundo.”
Em matéria publicada em julho no G1, atualmente, mais da metade dos bebês brasileiros nascem desta forma – um índice que chega a 84,6% na rede particular -, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O órgão recomenda que a taxa fique entre 10% e 15% dos partos.
Estas algumas das razões que levaram a vereadora a elaborar o projeto de lei, mas existe um amplo trabalho que pode ser acompanhado por toda a população.