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Frente Parlamentar debate as dificuldades enfrentadas pelos moradores de rua em RC

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Luci Wendel, Júlio Lopes, Maria do Carmo, Raquel Picelli e Silvio Munari na reunião

Buscar mecanismos de suporte, principalmente no que diz respeito ao banho e local para a guarda de pertences pessoais, às pessoas que moram na rua. A partir deste ponto a Frente Parlamentar em Defesa da População de Rua esteve reunida na tarde de quinta-feira, 8, no Plenário da Câmara Municipal.

A reunião presidida por Raquel Picelli contou com as presenças dos vereadores Júlio Lopes, Maria do Carmo Guilherme e Anderson Christofoletti. A secretária municipal de Assistência Social, Luci Helena Wendel Ferreira e a superintendente do Arquivo Público Teresa de Arruda Campos também participaram do trabalho.

Na avaliação de Raquel Picelli o município precisa definir ações concretas no que diz respeito as políticas públicas voltadas aos moradores de rua. “Discordo das pessoas que defendem a retirada destas pessoas da cidade”, afirmou a vereadora. “A meu ver, o município precisa estar alinhado com o que preconiza a Política Nacional de Moradores de Rua para que possamos atendê-los de forma adequada e buscar formas de ressocialização”, argumentou.

Para Teresa Campos, o maior problema nesta discussão não concentra-se na alimentação e nem no local para dormir. Para a superintendente do Arquivo o que falta em Rio Claro é um local de apoio para que os moradores de rua possam guardar seus pertences pessoais e tomar banho. “Hoje, eles são obrigados a se locomover pela cidade com suas mochilas. O local para tomar banho também é problema grave que precisa ser resolvido”, disse.

Luci Wendel observou que o banheiro do Jardim Público fecha às 18 horas. De acordo com a secretária, há a possibilidade de se articular um horário estendido com colocação de um chuveiro para atender os moradores de rua. “É uma das alternativas para resolver esta questão do banho”, comentou.

Outro aspecto abordado por Luci Wendel diz respeito ao atendimento aos moradores de rua que deixam clínicas/hospitais após período de internação. “Eles retornam às ruas debilitados, fracos, sem condições. Precisamos estar atentos à esta situação”, salientou.

Maria do Carmo Guilherme externou a informação recebida de membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia: “Eles estão surpresos com a quantidade de mulheres que estão vivendo nas ruas de Rio Claro. Este número cresce a cada semana”, enfatizou.

Júlio Lopes citou que aumenta a cada dia o número de famílias que moram no trecho do Pontilhão da Rua 6 até a Avenida 24 local antes ocupado pela linha férrea, no Jardim Portugal, Jardim América, Santa Clara II, entre outros locais. “Muitas dessas famílias, que moram em barracos, estão vendendo produtos, sem fiscalização, de hortas que montaram em vários pontos da cidade”, alertou.

No encerramento do trabalho, a Frente Parlamentar definiu como pontos de trabalho: garantia do banho, espaço para os pertences dos moradores de rua, implantação de rede de atendimento com apoio dos setores público e privado, ação conjunta das secretarias municipais e a realização de seminário local para tratar do tema. De acordo com Raquel Picelli, a Frente Parlamentar voltará a se reunir no dia 5 de novembro, às 14h30, no Plenário da Câmara Municipal.