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Semana do Aleitamento Materno debate com empresas e creches ações para mães continuarem amamentando após retorno ao trabalho

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Duas atividades fundamentais para a promoção do Aleitamento Materno após o retorno ao trabalho foram realizadas esta semana em Rio Claro. A primeira voltada às creches e maternais das redes pública e privada e a segunda para as empresas privadas. O objetivo foi sensibiliza-los sobre o tema para que consolide a aplicação no município de uma política de incentivo ao aleitamento materno.
A vereadora Raquel Picelli, autora da lei que institui em Rio Claro a Semana do Aleitamento Materno, fez a abertura dos trabalhos e destacou a importância de toda programação que está acontecendo na cidade.
A coordenadora do Programa de Aleitamento Materno da Unesp (Proama), Silvia Marina Anaruma e a fonoaudióloga Ana Elisa Jardim Gouveia , enfatizaram que existem três condições principais para as mães continuarem a amamentação após voltar ao trabalho. São eles: apoio, tempo e espaço.
“Em pesquisa realizada em 2005 pelo IBGE, o Brasil tinha 41,7 milhões de mães trabalhadoras e um estudo feito em São Paulo mostrou que as mães que trabalham amamentam menos”, salientaram.
Após a revelação destes dados, foram desenvolvidas palestras pelas enfermeiras Micheli Baccochina de Sousa, Gisele Thiele, ambas da Fundação de Saúde e Janaina Pelarigo, da Unimed, nas quais foram apresentadas orientações e propostas.
No Brasil, a média da amamentação exclusiva é de 54 dias, quando se sabe que o indicado é até os seis meses de vida do bebê. São inúmeros benefícios do leite materno para os bebês, mães e empregadores. Para o bebê porque é um alimento completo, diminui a mortalidade e evita câncer de intestino. Com o leite materno, há índices que apontam que as chances de internação são 12 vezes menor comparado a um bebê que se alimenta de leite artificial. Para a mãe porque facilita a perda de peso, diminui risco de hemorragia e evita câncer.
Para a empresa, evita o afastamento da funcionária, melhora o desempenho desta mãe e a empresa é valorizada por incentivá-la a continuar com o aleitamento materno.
As enfermeiras explicaram como adequar ou criar uma Sala de Apoio para Amamentação tanto nas creches quanto nas empresas. Elas enfatizaram também quais são os procedimentos corretos a seguir, desde a ordenha, passando pelo armazenamento até o consumo deste leite.
“As mães devem lavar as mãos, usar toucas e máscara; fazer a ordenha da maneira que ela se sentir melhor, seja de forma manual ou com o auxilio de bombas tira-leite; armazenar em potes de vidro com tampas de plástico, etiquetar com nome da mãe e nome do bebê e a data da primeira ‘tirada’. É preciso deixar no congelador ou na geladeira por no máximo 12 horas. O leite deve ser descongelado em banho maria e consumido imediatamente. Se sobrar leite, ele precisa ser descartado”, informaram.
A vereadora Raquel Picelli sugeriu que fossem feitas propostas e metas para que o debate tenha continuidade com o objetivo de fortalecer ações que incentivem o aleitamento materno.
Ficaram definidos: a implantação de um projeto piloto em uma creche sobre a criação de uma Sala de Apoio para Amamentação e a retomada da Rede Amamenta Rio Claro.
A Fundação Municipal de Saúde contará com três salas de apoio: UBS 29 (que será inaugurada na próxima sexta-feira, 7), UBS Vila Cristina e UBS Boa Vista.