
A reunião da Frente Parlamentar de Saúde foi coordenada por Maria do Carmo Guilherme
Responsável pelo Departamento de Gestão do Sistema Único de Saúde, o SUS, da Fundação Municipal de Saúde, Carmem Silvia Weissmann participou da reunião da Frente Parlamentar de Saúde na Câmara Municipal na tarde da última segunda-feira, 27. Na oportunidade ela apresentou números da Central Municipal de Regulação de Serviços Especializados para os vereadores Maria do Carmo Guilherme, Raquel Picelli, João Zaine, Geraldo Voluntário e Agnelo Matos.
No relatório apresentado, Carmem Silvia observou que o programa Pró Santa Casa – da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo que tem entre outros objetivos apoiar financeiramente instituições filantrópicas responsáveis por serviços de saúde de referência regional do SUS – foi retomado porém com redução no valor do repasse mensal.
Segundo dados divulgados por Camem Silvia em 2014 o valor do repasse mensal era de R$ 200 mil. Deste valor, R$ 140 mil ficava a cargo do governo paulista (70%) e R$ 60 mil para os municípios (30%). Neste ano, explicou Carmem, o repasse do governo caiu para R$ 126 mil por mês cabendo aos municípios completar com mais R$ 54 mil.
“Discordo da posição tomada pelo governo do Estado em reduzir o valor do repasse mensal para o Pró Santa Casa. Esta atitude está na contramão da realidade vivida pelas pessoas. As demandas na área da saúde aumentam a cada dia, os repasses não podem diminuir”, afirmou Maria do Carmo.
Carmem Silvia explicou as dificuldades enfrentadas pela Central de Regulação para viabilizar as cirurgias eletivas já que as prioridades são para os casos de urgência. De acordo com ela, o Ambulatório Médico de Especialidades, o AME de Rio Claro, é clínico, ou seja, faz diagnósticos mas não resolve as demandas cirúrgicas. “A alternativa é buscar a solução em outras cidades. Neste caso, o município tem de arcar com o transporte de pacientes, o que gera gasto significativo”, salientou.
Na avaliação de Raquel Picelli, todos os assuntos relacionados à saúde merecem atenção especial. A vereadora enfatiza que a rede pública tenha atenção especial com as mulheres já que aumentam os casos de pessoas que sofrem com hemorragias, entre outras situações. “Na minha atuação legislativa a bandeira em defesa da mulher é prioridade. É preciso atender brevidade as mulheres que têm o seu dia a dia afetado por problemas de saúde que se arrastam há muito tempo”, explicou a vereadora.
Geraldo Voluntário questionou Carmem Silvia se a demora na realização de cirurgias eletivas não pode agravar o quadro clínico dos pacientes. “Não se trata de situações preocupantes?”, indagou o vereador. A representante do Departamento de Gestão do SUS admitiu que a preocupação do vereador, procede. “Cirurgia, seja ela eletiva ou não, precisa ser feita o quanto antes”, disse.
A possibilidade de Rio Claro contar com Hospital Regional também entrou na pauta da Frente Parlamentar de Saúde. Para Agnelo Matos, este assunto requer discussão madura. A seu ver, é preciso definir primeiro se é viável construir um novo hospital ou ampliar a parceria com a Santa Casa de Misericórdia. “O modelo de indústrias que prevalece em Rio Claro remete à necessidade de maior investimento no setor de ortopedia já que a maioria dos trabalhadores desempenha funções com movimentos repetitivos”, disse. Ainda sobre o Hospital Regional, Carmem Silvia observou que o Hospital de Piracicaba precisa entrar em funcionamento.
No encerramento da reunião, Maria do Carmo Guilherme confirmou que no próximo encontro o representante do Departamento Regional de Saúde, DRS-Piracicaba, deverá estar presente. O diretor de Atenção à Saúde, médicos auditores reguladores e secretários municipais da microrregião também serão convidados pela Frente.