
Raquel Picelli em reunião com delegado Seccional Alvaro Santucci Noventa Júnior
A divulgação feita pela Secretaria de Segurança Pública de que somente este ano foram 23 estupros em Rio Claro preocupou e assustou a vereadora Raquel Picelli. “Estamos diante de um cenário aterrorizante. A violência contra à mulher só aumenta. Precisamos que todos se mobilizem em defesa da mulher; que sociedade é essa estamos vivendo”, desabafa.
Raquel orienta as mulheres que estão vivendo em vulnerabilidade busquem os mecanismos que a prefeitura oferece gratuitamente.
“O Centro de Referência Especializado de Assistência Social, o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, a Assessoria de Referência e Atendimento à Mulher e Centro de Referência e Atendimento à Mulher são algumas ferramentas que as mulheres podem procurar para obter acolhimento, acompanhamento e informações”, destaca Raquel Picelli.
A vereadora ainda enfatiza a necessidade de mudança comportamental dos homens. “É preciso uma discussão sobre o que está acontecendo; está havendo uma banalização da violência. A educação é a chave para a transformação“
Raquel salienta que as mulheres também devem denunciar a violência e não aceitar a agressão. A autoestima, independência emocional e financeira precisam fazer parte da vida das mulheres. “Elas devem ser protagonistas das próprias vidas”.
A volta de um prédio próprio para a Delegacia da Mulher é fundamental. Há anos, a vereadora vem debatendo este assunto e atuando para que isto se torne realidade. “Faço uma crítica ao governo estadual, que não pensou nas mulheres e no atendimento adequado.”
Após um trabalho conjunto, a DDM está prevista para ser entregue em setembro deste ano, porém, para que a delegaciapossa funcionar de forma adequada é preciso definir a formação da equipe técnica responsável pelo atendimento às vítimas de violência.
“O delegado seccional já manifestou que não há recursos humanos para prestar atendimento neste prédio novo. Estamos manifestando nossa imensa preocupação em relação a isso. É inadmissível que tenhamos um local novo, adequado e não funcionar por falta de funcionários”, indaga a vereadora.
Para a vereadora, o sistema de atendimento somente estará completo se além do prédio próprio e equipe técnica definida a nova delegacia funcionar 24 horas/dia. “O atendimento precisa ininterrupto para que o acolhimento às vítimas possa ser feito de forma adequada na hora em que os fatos infelizmente ocorrem”, finaliza.