
Debate sobre parto natural realizado ano passado na Semana Municipal de Respeito ao Nascimento
No shopping Rio Claro, acontece até o dia 24 a Exposição “Ressignificando o Nascimento: Um novo olhar para o inicio da vida. Neste sábado, haverá Oficina de Shantala e Reiki, das 10h às 12h; nos dias 13 e 16 oficinas de Sling e Cromoterapia (às 19h e 10h, respectivamente) e nos dias 20 e 23 oficinas de banho de Balde e Fralda de Pano (às 19h e às 14h, respectivamente).
A Câmara Municipal, por meio da vereadora Raquel Picelli, autora do projeto que institui a Semana Municipal pelo Respeito ao Nascimento, irá realizar uma Roda de Conversa, às 19h30, no dia 19, para debater os benefícios do parto normal e combater o alto índice de cesáreas que acontece não só em Rio Claro, mas em todo Brasil.
Outra ferramenta utilizada será o uso da Tribuna Livre durante as Sessões Legislativas. Na próxima segunda-feira, dia 11, será a vez da coordenadora do Programa Amamentar da Unesp, Silvia Anaruma. Ela irá reforçar a importância do parto normal e do aleitamento materno.
No dia 18, haverá apresentação do filme “O Renascimento do Parto”, que retrata a grave realidade obstétrica mundial e, sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias. Através de relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados “hormônios do amor”, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto. A sessão ocorrerá, às 19h30, no Anfiteatro 2 da Unesp.
O filme também será exibido no dia 21, às 8h30 e às 13h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal. “Muitas mulheres são submetidas a intervenções desnecessárias, causando grande desconforto e impossibilitando um vínculo afetivo mais restrito com o bebê. A programação desta sexta-feira é uma excelente oportunidade para começarmos a mudar a cultura das cesáreas”, enfatiza a vereadora Raquel Picelli.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar quer reduzir o número de cesáreas feitas no Brasil. Hoje, a maioria dos partos não é natural, o que contraria uma recomendação da Organização Mundial de Saúde.
São várias propostas para mudar este quadro. Uma delas é que os médicos documentem em detalhes como foi a evolução do trabalho de parto e por que decidiram por uma cesárea. Um projeto piloto vai ser implantado em São Paulo.
Esse tipo de parto aumenta em 120 vezes a chance do bebê desenvolver algum tipo de problema respiratório, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar. Mesmo assim, são feitas muito mais cesáreas que partos normais no Brasil.
Mais especificamente 84% dos partos fora do SUS são cesáreas. E mais da metade dos partos, no geral. Um número muito alto, para a ANS.