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Ações conjuntas das secretarias e o fortalecimento da família são destaques em reunião para prevenção das drogas em Rio Claro

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A necessidade de ações conjuntas e intersetorial das secretarias municipais foi resultado da reunião realizada na Câmara Municipal de Rio Claro pela sobre o tema “dependência química por drogas lícitas e ilícitas em Rio Claro”.

O encontro foi desenvolvido pela Comissão de Direitos Humanos presidido pelo vereador Anderson Christofoletti e contou com as presenças dos vereadores Geraldo Voluntário e Raquel Picelli. O presidente do Legislativo foi representado por sua assessoria.

Participaram também da reunião as secretarias de Saúde, Ação Social, Esportes, Educação, Segurança, Manutenção e Paisagismo, Vigilância Sanitária.

Anderson solicitou que cada setor fizesse uma explanação sobre as atividades desenvolvidas em relação à questão das drogas. A saúde, representada por Cristiane Aparecida de Godoy Gava, destacou que aproximadamente 2 mil atendimentos são feitos por mês no Caps Álcool e Drogas. É importante destacar que 80% dos atendimentos estão relacionados ao álcool. Outro ponto abordado foi a necessidade de ampliação do atendimento com as comunidades terapêuticas e leitos oferecidos. A Santa Casa dispõe de dois leitos para a saúde mental e o município busca transformar o Caps AD e Caps AD 3, assim o espaço poderia abrigar 8 leitos.

Cristiane também salientou que junto ao uso de drogas vem “n” questões, como problemas familiares. Por isso, é preciso uma rede para dar conta e ter resultado.

O vereador Geraldo Voluntário também reforçou que as ações conjuntas são mais eficientes e que a união entre as secretarias e sociedade civil é fundamental.

A Vigilância Sanitária também abordou questões relacionadas às comunidades terapêuticas e destacou que existem leis e normas que devem ser cumpridas. A prefeitura realiza estas inspeções de acordo com a Resolução da Diretoria Colegial nº 29, do Ministério da Saúde e por conta disso algumas entidades acabam esbarrando na burocracia e exigências. Há a necessidade de discussão ampla sobre isso, de acordo com a Comissão da Câmara de Rio Claro.

A vereadora Raquel Picelli ressaltou que houve uma mudança exigida pelo Ministério da Saúde sobre as normas e condutas. “As alterações foram realizadas para que se tivesse um atendimento mais humanizado.”

Silvino da Cunha Jr, da secretaria de Esportes, pontuou que a administração municipal descentralizou as atividades, que antes se concentravam no Ginásio de Esportes, e levou atividades para os bairros periféricos e em pontos estratégicos, possibilitando que crianças e jovens tivessem a oportunidade da prática do lazer e esportes. “O projeto Crescer de handebol, por exemplo, atende 200 crianças na cidade e os professores trabalham a prevenção dentro da aula”.

Luci Bonatti, da secretaria de Manutenção e Paisagismo reforçou que nos bairros periféricos é alarmante o consumo de drogas e a força do tráfico. “È preciso investir e agir forte nestes locais.”

Rogério de Oliveira que atua no Creas, vinculado à secretaria de Ação Social, expos as parcerias já existentes com o Caps e com as comunidades terapêuticas, além do trabalho iniciado com moradores de rua.

O representante da secretaria de Segurança, Marcio da Silva, mencionou as duas frentes de atuação: a prevenção e combate. “Temos os programas do Geduc e a parceira com a polícia militar em relação ao Proerd. As drogas lícitas são os cartões de visitas e elas muitas vezes estão inseridas no ambiente familiar. Além disso, é essencial que haja fiscalização em danceterias e bares.

A atuação da família foi ponto comum na explanação de todos e o vereador Anderson Christofoletti manifestou sua visão que as drogas só alcançaram o domínio que está tendo em decorrência de ações que visam à desestruturação da família.

“De um lado, enquanto a saúde e ação social enxerga o fortalecimento da família para estrutura de prevenção contra as drogas a Educação estrutura suas aulas com o mínimo de participação da família na formação da educação. Basta visualizar as escolas que acabam sendo toda formada por crianças que vem de longe por meio de transporte escolar.”

Para o vereador, se a família não estiver junto com nossas crianças dentro da escola formando o caráter delas estaremos experimentando a formação de robôs no controle de pessoas más intencionadas. “Se tivéssemos mais ensinamentos cristãos (Bíblia) na escola, teríamos menos pessoas estudando bíblia nos presídios”

 

Luciane Oliveira, da secretaria de Educação, os professores estão orientados a trabalhar a questão das drogas e ela concorda que a família está afastada da escola, mas pontua que é preciso investimento financeiro para a formação e capacitação dos profissionais da Educação. “Avalio também a necessidade do fortalecimento do Conselho Tutelar.”

 

Para o vereador Anderson ficou evidenciado que existem ações de prevenção e repreensão sobre o assunto, porém ainda não há um planejamento e organização para que estes trabalhos sejam interligados.

“A discussão irá continuar. Pedi que formalizem por escrito o que cada secretaria e verificar como podemos fortalecer a família de Rio Claro.”