- Ação Social, Saúde, Segurança

Dependência química é pauta de reunião na Câmara Municipal

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Vereador Anderson Christofoletti se reúne com autoridades e membros de comunidades terapêuticas na Câmara Municipal.

A Câmara Municipal, através do vereador Anderson Christofoletti, promoveu na primeira semana de setembro reunião para discutir e alinhar as articulações intersetoriais para a prevenção e combate ao uso e abuso de drogas. Compuseram a mesa: – José Sepulveda, secretário municipal de Segurança; Geraldo Barbosa, secretário municipal de Saúde; Antonio Carlos Riani e Claudia Camargo de Godoy, representando a Secretaria da Ação Social. A entidade Desafio Jovem se fez presente e foi representada pela psicóloga Thais Pereira da Costa e Carlos Roberto Pereira da Silva.

Na abertura dos trabalhos, o vereador Anderson Christofoletti se mostrou preocupado com a maneira com que o tema dependência química vem sendo tratado em nosso país. O vereador questionou os efeitos práticos resultantes das políticas públicas voltadas à prevenção e combate às

drogas, pois a dependência química é tida hoje como uma questão de saúde pública. Para o parlamentar, mesmo que algumas batalhas tenham sido ganhas, a sociedade brasileira está longe de vencer a guerra contra as drogas.

Segundo o vereador, o trabalho exercido pelas comunidades terapêuticas é essencial nesta luta e carece de uma melhor compreensão a partir das significativas mudanças ocorridas, do ponto de vista legal e nas políticas públicas de Saúde e de Assistência Social. “As comunidades surgiram no Brasil antes mesmo de existir qualquer política pública de atenção à dependência química no país”, frisou Anderson Christofoletti. “Temos que superar alguns dogmas, conceitos e até preconceitos sobre estas instituições que, sem dúvida, têm cumprido um papel de importância histórica no cambate às drogas em nosso país”, completou.

“Ao entendermos a dependência química como uma questão de saúde pública, como não considerar o trabalho das comunidades terapêuticas?”, indagou o parlamentar. “É necessário reconhecê-las como espaços alternativos de atendimento, e mais, desenvolver convênios e parcerias com o gestor público para assessorar e capacitar tecnicamente tais comunidades”, completou Anderson Christofoletti.

O secretário municipal de Saúde, Geraldo Barbosa, se mostrou satisfeito com a reunião: – “devemos integrar secretarias e promover a participação das entidades não governamentais, no caso as comunidades terapêuticas, somente com o esforço coletivo alcançaremos resultados positivos no combate ao uso de drogas”.

José Sepulveda, secretário de Segurança, convive diariamente com o atendimento a dependentes químicos e relatou que a discussão é bem vinda, uma vez que, segundo ele, não está definido claramente quem é o responsável pelo dependente químico. “O dependente está com a saúde debilitada, não tem onde morar e está abandonado nas ruas. Ele não tem perspectiva de futuro. Devemos desenvolver politicas públicas que, além do tratamento, tragam dignidade a este indivíduo”.

Antonio Carlos Riani salientou a importância do recém-formado Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM): – “com ele será possível articular diversos órgãos para a proposição de ações integradas de combate à violência e à criminalidade. Além de dar condições de trabalho para as equipes multidisciplinares dos projetos do Pronasci, que serão compostas de assistentes sociais, psicólogos, educadores, pedagogos”.

Por sua vez, o representante da Comunidade terapêutica Pr. Carlos, com mais de 30 anos de experiência no tema, definiu a reunião como histórica: – “temos convivido com uma carga burocrática intensa e desmotivadora para as comunidades. Neste sentido, debates como este devem ser enaltecidos”.

Após a reunião, ficaram definidas diversas ações afim de buscar mecanismos de cooperação e enfrentamento ao tema, bem como a ampliação dos debates junto ao conselho de saúde, ação social e segurança.