A quinta edição do encontro municipal em homenagem ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi realizada nas dependências do Núcleo Administrativo Municipal, o NAM, no último sábado. Autora do projeto de lei que institui a data comemorativa, Raquel Picelli observa que a luta contra o preconceito racial e outras formas de discriminação marcou a vida da homenageada: a saudosa Olga Maurício Mendonça, a Dona Olga. “Mulher de fibra que nunca se curvou diante das barreiras e das dificuldades impostas pela vida”, resumiu a vereadora.
No encontro, que contou com representantes de Rio Claro e região, a advogada, pedagoga e ex-procuradora pública do Estado do Rio Janeiro, Cláudia Patrícia de Luna abordou o tema “A Representação, Participação e Mobilização da Mulher Negra nos Cargos de Representatividade no Âmbito Político e Social”.
Presidente da ONG Elas Por Elas – Vozes das Mulheres de São Paulo, Cláudia Luna discursou sobre como a mulher negra ainda é vista pela sociedade nos dias atuais. “Avançamos, mas, ainda a caminhada em busca do respeito e da igualdade está longe de ser encerrada”, sinalizou.
Segunda a falar, no ciclo de palestras, Eni Augusta de Paula, advogada, assessora técnica da Secretaria da Diversidade – Sindicato dos Comerciários de São Paulo/SP, abordou a questão da visibilidade da mulher negra nos meios de comunicação. Em seu discurso, Eni fez críticas a forma desrespeitosa que a imagem feminina é trabalhada quando colocada como objeto sexual. No encerramento, a advogada convocou a bancada de Rio Claro e região para a marcha da mulher negra que vai acontecer no dia 13 de maio de 2015 em Brasília.
Raquel Picelli explicou que a comemoração do dia 25 de julho como o Dia da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha,
ecoou do 1º encontro em São Domingos – República Dominicana, onde várias mulheres negras de trajetórias e realidades diferentes, compartilharam suas lutas pela sobrevivência e a memórias de muitas que ao longo do século marcaram no contexto histórico a figura de guerreiras, que merecem ser lembradas, servindo de estímulo e exemplo para que as mulheres negras de hoje, não se curvem à violência silenciosa que impera na atualidade.
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