
Agnelo Matos vê falhas na política adotada pelo Estado no combate à criminalidade
Quantos policiais militares e delegados de polícia são formados por ano na região do Aglomerado Urbano de Piracicaba e como é feita a distribuição por municípios?
Quantas viaturas para promover a Ronda Escolar estão disponíveis na região do Aglomerado Urbano de Piracicaba? Existe projeto para aumentar este número?
Estes questionamentos colocados em forma de requerimentos na pauta de votação do Parlamento Regional (PRAUP) na última terça-feira, 10, na Câmara de Araras motivaram amplo debate sobre a falta de segurança na região do Aglomerado Urbano de Piracicaba.
A Mesa Principal da reunião foi formada por: Agnelo Matos (Rio Claro), Ronei Martins (Limeira), João Manoel dos Santos (Piracicaba), Nilton de Praga (Conchal), Alexandre Juliane (Rafard), Rodrigo Tendolini Ballerini (Analândia) e André Luís Rocha (Capivari).
Também integrou a mesa o presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp), Sebastião Misiara que fez a abertura dos trabalhos com palestra sobre o municipalismo. Junto com Agnelo Matos, os vereadores Júlio Lopes, Geraldo Voluntário e Raquel Picelli representaram a Câmara de Rio Claro no evento.
Em seu discurso, Agnelo Matos retratou a preocupante situação que encontra-se Rio Claro na área de segurança pública. O presidente da Câmara iniciou a sua fala ao lembrar que em 2013 o município registrou mais de 40 homicídios, situação que instalou clima de insegurança.
“No início deste ano, equipes da ROTA – Rondas Ostensivas Tobias Aguiar – realizaram bom trabalho. Mas, foram embora e agora a cidade volta a conviver com violência semelhante à registrada em 2013”, lamentou Agnelo ao vincular os casos ao tráfico de drogas que avança assustadoramente. “A maioria dos crimes está ligada às drogas. As pessoas roubam e até matam para consumir entorpecentes”, acrescentou.
Agnelo teceu críticas à política de segurança pública adotada pelo governo paulista. Exemplificou o que denomina de sistema falho ao dizer que a punição interna é ‘prêmio’ que o policial recebe ao fazer o enfrentamento com a criminalidade nas ruas. “Por isso, que hoje é mais conveniente o policial se limitar ao registro de ocorrências”, afirmou.
O presidente da Câmara de Rio Claro observou que na contramão do sistema falho de segurança pública no Estado estão as prefeituras que cada vez mais precisam investir em equipamentos, no aumento do efetivo da Guarda Civil Municipal e na compra de viaturas.
Diante do exposto na reunião, o Parlamento Regional agendou para o mês de julho em Rio Claro reunião com representantes do governo paulista na área de segurança pública. A data será definida pela Uvesp que incumbiu-se de definir os nomes das autoridades que vão participar do encontro.