
Paulo Guedes com moradores do Conjunto Habitacional Oreste Armando Giovanni
A alegria de realizar o sonho da casa própria ofuscada pela insegurança devido à falta de documentos. Este é o clima que impera nas 673 famílias que residem no Conjunto Habitacional Oreste Armando Giovanni, mais conhecido como Pé no chão do São Miguel.
O impasse tem como raiz a titularidade da área. As moradias foram construídas na década de 90 em parte do antigo Horto Florestal hoje Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, a Feena. Com isso, o município até hoje não reúne condições de regularizar as moradias.
Atento ao problema Paulo Guedes busca apoio do governo paulista para que o drama das famílias possa ter fim. O parlamentar já esteve reunido em São Paulo, diversas vezes, com secretário estadual da Habitação, Sílvio França Torres e com responsáveis pelo Cidade Legal. “Este programa, criado há seis anos, tem como objetivo principal implementar, agilizar e desburocratizar as ações e os processos de regularizações de núcleos habitacionais”, explica o tucano.
A Comissão de Moradores acompanha as discussões na Capital passo a passo. Ela é formada por: Radamés Couto, Francisco Marinho, Patrícia Ecles, Milene Maroni, Valderez Silva, Hélio Montesso, José Augusto, Valdnei Paulon, João Gomes, Valdomiro Filho, Railton de Souza e Antônio Lopes.
De acordo com o vereador o primeiro passo, etapa em andamento, é levantar toda a documentação, casa por casa, para apurar a real situação do conjunto habitacional. “A regularização destas moradias precisa ser tratada pelo poder público como prioridade. Estamos diante de um problema que atinge 673 famílias, ou seja, cerca de 2,6 mil pessoas”, comentou o parlamentar.
Maria Aparecida Ferreira da Silva, que reside no Pé no chão há 13 anos, comenta que as famílias pagam impostos corretamente mas convivem com a insegurança por conta da falta da documentação. “Precisamos da escritura. Não temos a quem recorrer. Precisamos de apoio político”, disse.
Antônio Carlos de Faria, que mora há 15 anos no bairro, avalia que o impasse devido à falta de titularidade da área causa incertezas nas famílias. “Já ocorreu situação da família ter de mudar para outro Estado e não ter como vender o imóvel. Tal situação gerou insegurança para quem queria vender e para quem deseja comprar a casa”, recordou-se.
Para Magali Soares, a solução do problema passa pelo bom senso dos governantes. “A Fepasa, que pelo o que foi informado aqui no bairro, é a proprietária da área, ainda, precisa entrar em acordo com a prefeitura para que possamos enfim receber a documentação”, sinalizou.
A moradora Maria Tertuliano comenta que a documentação é garantia necessária para os herdeiros. “A preocupação das famílias é com os filhos. Sem a regularização, a posse do imóvel fica em aberto”, disse.
Em conversa com os moradores, Paulo Guedes informou que o governo paulista está atento ao problema do Pé no chão do São Miguel. De acordo com o vereador, alternativas para que o problema possa ser resolvido está na pauta de discussão. “Não vamos recuar enquanto esta situação não estiver 100% resolvida”, afirmou.