- Cultura, Meio ambiente

Comunidade articula ação para manter viva a história da figueira centenária

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Um dos principais símbolos vivos da história cultural e social de Rio Claro não resistiu às ações do tempo. Atingida por um temporal no no domingo, dia 23 de fevereiro, a centenária Figueira Branca do Largo São Benedito sucumbiu aos ventos fortes.

Como parte das ações estabelecidas na reunião entre os Integrantes da Comunidade Negra de Rio Claro, Secretarias de Agricultura, Cultura, Sepladema, Assessoria de Políticas Especiais, Assessoria de Integração Racial, Poder Executivo, Poder Legislativo representado por Geraldo Voluntário e sociedade civil.

Uma das pautas unanime entre os participantes foi importância de manter viva a história, memória da Figueira e o espaço onde que ela ocupa. Tendo em vista o significado do espaço e o marco histórico como sendo o principio da organização, integração social e religiosa da Comunidade Negra.

Outra questão apresentada foi o que fazer com os galhos e tocos resultantes do corte da árvore e como preserva-los para que futuramente sejam aproveitados e transformados em objetos artísticos disponibilizados para o município e comunidade negra.

No último dia 27 de fevereiro, quinta-feira, estiveram presentes na Sede da Secretaria de Manutenção e Paisagismo, Divanilde de Paula (Conselho da Comunidade Negra – Conerc), Kizie de Paula (Assessoria de Integração Racial), Ivan (Associação Cultural Cruzeiro do Sul), Ivo (Secretaria de Cultura), Wiliam (Secretaria de Manutenção e Paisagismo) e o vereador Geraldo Voluntário, para observarem o local onde está amadeira resultante do corte da figueira e planejar uma solução para o armazenamento adequado e a preservação para o futuro aproveitamento.

Divanilde de Paula ressaltou a importância desse encontro para que a memória da figueira e nossa história não sejam esquecidas. A ideia é fazer com que a madeira seja transformada em obras de arte e instrumentos musicais, por exemplo, para que estes sejam, de alguma forma, devolvidos para a comunidade e assim manter viva a cultura através da figueira. As casas de religiões de matriz africana do município poderão retirar a madeira através de um termo de aquisição disponibilizado pela Conerc.

A assessora de Integração Racial Kizie de Paula destacou sobre a importância dos encaminhamentos que estão sendo realizados através das reuniões, começando pelas comunidades tradicionais de terreiros.

Geraldo Voluntário comentou sobre da importância do marco histórico que a Praça e o espaço da Figueira de São Benedito para a construção da comunidade de Rio Claro. “A integração entre os Poderes Executivo, Legislativo e a Comunidade Negra é de suma importância para que a essência e a história da Figueira não sejam perdidos”, avalia o parlamentar .