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Direitos Humanos apura que autuações por embriaguez ao volante aumentou 575% em RC

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A reunião foi coordenada pelo presidente da Comissão, vereador Anderson Christofoletti

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Municipal, preocupada com o elevado número de acidentes que deixa pessoas gravemente feridas e em alguns casos provoca mortes, realiza trabalho intenso para mobilizar a comunidade.

Durante todo o ano, reuniões foram realizadas no Plenário do Legislativo onde o presidente da comissão Anderson Christofoletti e os vereadores Geraldo Voluntário e Maria do Carmo Guilherme, que integram o grupo, debateram com especialistas da área com o objetivo de construir uma campanha eficaz bem como aumentar a fiscalização nas ruas.

Na tarde da última quarta-feira (4), na última reunião de 2013, o capitão Rodrigo Arena apresentou estatística, referente ao período de janeiro a novembro deste ano, que comprova as ações desenvolvidas pela Polícia Militar no trânsito do município.

Entre os números, o que mais chamou a atenção da CDH e representantes da comunidade, presentes na reunião, foram as autuações referentes à embriaguez no volante. Em dez meses, apontou o capitão Rodrigo foram registrados 81 casos em Rio Claro. “O aumento de autuações em comparação aos casos registrados em 2012 foi de 575%”, disse o policial militar.

No ano passado, a PM registrou 12 autuações por embriaguez contra 81 neste ano até novembro. A diferença, explicou o capitão é que a partir de dezembro de 2012 ocorreu mudança na legislação e com isso a PM passou a contar com mais ferramentas para fundamentar a embriaguez no boletim de ocorrência.

O capitão Rodrigo explicou na Câmara que antes a pessoa se negava a utilizar o bafômetro e o policial ficava de mãos atadas. “Agora, com a nova legislação o PM tem a seu favor ferramentas como o hálito do motorista, olhos vermelhos, roupas em desalinho, entre outros indícios que podem comprovar a embriaguez”, disse. “Sem contar com o policial pode filmar o motorista com celular e até mesmo gravar a sua voz”, acrescentou.

A mistura explosiva álcool-volante que provoca tragédias diariamente no país é o alvo principal no trabalho que a PM desenvolve no trânsito. O capitão Rodrigo informou ainda que entre janeiro e novembro deste ano outras 339 pessoas foram autuadas. “Nestes casos, os motoristas estavam sob o efeito do álcool mas não no patamar de embriaguez”, salientou.

A estatística da PM aponta ainda que aconteceram 1.072 acidentes com vítimas em Rio Claro até novembro. Ao todo, 92 pessoas foram atropeladas nas ruas do município e mais de 15 mil autos de infrações registrados. “A fiscalizou aumentou neste ano, mas, o maior problema continua sendo o desrespeito às leis de trânsito”, disse o capitão.

Presidente da CDH, Anderson Christofoletti indagou o capitão Rodrigo sobre a possibilidade da PM realizar trabalho diferenciado nos horários de pico nas vias rápidas da cidade como por exemplo a Avenida Brasil utilizada por milhares de pessoas que trabalham no Distrito Industrial. “As viaturas podem ser mantidas nos pontos críticos nos horários de pico?”, questionou o parlamentar.

Rodrigo Arena informou que a Base Móvel da PM só faz patrulhamento, ou seja, não atende ocorrência. Destacou que existe trabalho nos pontos críticos porém a demanda na cidade inviabiliza a manutenção de viaturas diariamente em determinados pontos. “Exemplifico a situação dizendo que nesta semana o comércio central começou a funcionar em horário especial. A PM precisa intensificar o patrulhamento. Há diversas solicitações diariamente. Dentro da possibilidade colocamos as viaturas para atender a comunidade”, informou.

“Vamos incluir a estatística da PM neste trabalho que tem como objetivo principal criar ampla campanha de conscientização e buscar medidas que possam tornar o trânsito mas seguro. Defendemos a valorização e a preservação da vida”, afirmou o vereador Anderson.

Participaram da reunião os vereadores Geraldo Voluntário e Maria do Carmo Guilherme, membros da CDH, João Zaine, Júlio Lopes e representantes da sociedade civil organizada.