
Representantes da sociedade civil organizada e da PM reunidos na Câmara
“Sociedade unida, drogas vencidas, lute pela vida!”. A frase da estudante Letícia Nogueira Matos marcou o encerramento do concurso cultural “Todos Contra as Drogas” desenvolvido pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal composta pelos vereadores Anderson Christofoletti (presidente), Geraldo Voluntário e Maria do Carmo Guilherme.
Reunida na tarde da última quarta-feira, dia 27, a Comissão Legislativa e membros da comunidade definiram que a partir de agora o trabalho – que tem como objetivo o combate eficiente ao tráfico e consumo de drogas – entra na fase em que a participação da sociedade é fundamental.
“Vamos em busca de parceiros para a confecção de adesivos, cartões portais, entre outras formas de divulgar o selo definido a partir do concurso cultural”, disse o vereador Anderson. A seu ver chegou a hora de multiplicar a ideia na cidade. “O êxito deste trabalho depende da participação da família rio-clarense. A comunidade precisa dar um basta e denunciar o tráfico e consumo de drogas na frente das casas, das escolas, das praças públicas entre outros locais”, disse o parlamentar.
Na avaliação de Geraldo Voluntário além da participação maciça da comunidade a campanha “Todos Contra as Drogas” vai precisar também do apoio das polícias Civil e Militar e da Guarda Civil Municipal. “O disque-denúncia precisa funcionar. As pessoas precisam sentir que o chamado será atendido a curto prazo. Só assim a sensação de segurança será restabelecida no que diz respeito aos malefícios causados pelas drogas pelas ruas”, apontou o vereador.
Viciado na juventude, o Pastor Carlos, presidente do Desafio Jovem de Rio Claro, relatou que mudou-se de Santo André para a Cidade Azul em 1968. “Posso dizer que eu vim para cá fugido. Iria morrer pelas mãos da bandidagem”, apontou.
Ao apresentar a palestra “Drogas – Uma Evolução Sociológica”, o Pastor Carlos mostrou na reunião o avanço da drogas, desde a maconha na década de 80, até a chegada da década de 90 quando o crack tornou-se o grande vilão. “A droga só entra na vida desajustada”, alertou.
Diretor do Colégio Objetivo, Elso Masson destacou a importância da escola, da família e a fé baseada na religião. A seu ver, estes três elementos formam base sólida e eficaz no combate a guerra contra o tráfico de drogas. “Vejo uma letargia da sociedade enquanto os jovens estão à mercê do tráfico de drogas. É preciso unir forças e reagir imediatamente, todos!”.
Antônio Carlos Riani Costa, da Secretaria Municipal de Ação Social e Conselho Municipal do Idoso, tomando como base notícias publicadas pela imprensa no país observou que em muitos bairros as autoridades, hoje em dia, precisam pedir licença para o traficante para entrar. “Esta situação é caótica. A ordem precisa ser restabelecida de forma geral”, enfatizou. “Parabenizo a Comissão de Direitos Humanos por ter a coragem de trazer este assunto para dentro a Câmara”, salientou.
No encerramento, Anderson Christofoletti e Geraldo Voluntário entregaram Moção de Aplausos para a estudante Letícia Matos e o assessor parlamentar Lucas Viglio pelo empenho nas atividades que culmiram no selo da campanha. Também participaram da reunião: Sebastiana Augusto (Claretianas), Gislaine Aparecida (Samu), Luciane de Oliveira (Secretaria Municipal de Esportes), Regiane Vianna (Polícia Militar), Márcio José da Silva (guarda municipal), entre outros.