
Raquel Picelli, Dr. Francisco Osvaldo Martins Hoppe, Maria do Carmo Guilherme e Silvana Aparecida Nodari.
Desde o dia 1º de outubro de 2010, quando houve o projeto de reengenharia da Polícia Civil, a bancada feminina da Câmara Municipal de Rio Claro reivindica que as mulheres pudessem novamente ter um local específico para o atendimento no município, com instalações adequadas e funcionários sensibilizados aos problemas relacionados as mulheres.
Após dois anos de firme atuação, esse desejo está próximo de ser concretizado já que a transferência dos serviços do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) para o Poupatempo permitiu que o prédio ocupado até recentemente pela 36ª CIRETRAN fosse destinado à implantação da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
A bancada feminina de Rio Claro, composta pelas vereadoras Raquel Picelli (PT) e Maria do Carmo Guilherme (PMDB), lembra das diversas reuniões realizadas para discutir o tema na Delegacia Seccional que contou com a presença de vários segmentos da sociedade, como OAB, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Assessoria de Atendimento e Referência à Mulher, Centro de Referência da Mulher, Secretaria de Ação Social, Fundo Social de Solidariedade, deputados estaduais Ana Perugini (PT) e Aldo Demarchi (DEM) e o deputado federal Ricardo Izar (PSD).
A vereadora Raquel Picelli descreveu a importância da DDM em ocupar um espaço próprio, principalmente no que diz respeito ao corpo de policiais que irão trabalhar nos casos. “A forma como a polícia recebe a mulher pode mudar a vida da vítima e de sua família, por isso é muito importante que ela seja atendida por pessoas capacitadas e que saibam como conduzir o caso. Na maioria das vezes, quando a mulher vai a polícia não é a primeira vez que ocorre o fato e sim porque a situação se tornou insustentável, ou seja, a sua última esperança de ajuda”.
Maria do Carmo Guilherme citou o trabalho em conjunto, unindo vários setores da sociedade, para que a DDM voltasse a ocupar um espaço exclusivo. “Nós devemos ressaltar que a comunidade feminina esteve conosco nesta empreitada. Também agradeço o apoio que obtivemos do Delegado Seccional, que sempre nos atendeu e ouviu nossas pautas”.
A parlamentar também citou que “a Delegacia da Mulher contribui para que as vítimas de violência rompam o silêncio e o círculo vicioso que as envolvem, oferecendo-lhes, não só um espaço físico adequado, mas também a solidariedade, a compreensão e a certeza de que seu direito à integridade física e moral será resguardado”, explicou Maria do Carmo.
Para o Delegado Seccional de Rio Claro, Dr. Francisco Osvaldo Martins Hoppe, essa conquista se deve a “persistência e dedicação das pessoas que se envolveram nessa causa e também na sensibilidade em entender as necessidades referentes à DDM e sua estrutura”.
O anteprojeto para adequação do prédio as necessidades da nova Delegacia de Defesa da Mulher, de autoria da arquiteta Lia Márcia de Alcântara Marinho, funcionária da Prefeitura Municipal de Rio Claro, já foi encaminhado ao Governo do Estado.