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Empresas do Distrito Industrial expõem na Câmara as dificuldades impostas pelo trânsito

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Comissão de Direitos Humanos esteve reunida com representantes de empresas

Trânsito que mata mais de uma pessoa por mês. Em cima desta triste realidade, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal mobiliza setores da comunidade para que através da união de esforços projeto possa ser elaborado com a finalidade de reverter o quadro em Rio Claro.

Na tarde da última quarta-feira, dia 6, os vereadores Anderson Christofoletti e Geraldo Voluntário estiveram reunidos com representantes das empresas Owens Corning, Sulplast, Tec Bor, Brascabos e Whirlpool. Na pauta, os acidentes de trajeto já que milhares de pessoas utilizam motos como principal transporte para trabalhar no Distrito Industrial.

No encontro, a Secretaria Municipal de Segurança foi representada pelo guarda civil municipal Adão Dias de Souza – que possui ampla experiência na área de fiscalização de trânsito. Antônio Carlos Riani Costa representou a Secretaria Municipal de Ação Social, Roberto Marchetti a pasta da Adminsitração e Sérgio Squissatto a Secretaria de Planejamento (Sepladema). A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Rio Claro) se fez presente através do advogado Alcir José Russo Junior.

Para o presidente da comissão Anderson Christofoletti, a maioria dos acidentes de trânsito está ligada ao desrespeito às sinalizações. “É preciso criar cultura de respeito ao trânsito bem como o senso de responsabilidade”, disse o parlamentar. “Este grupo tem a responsabilidade de se tornar protagonista de um grande projeto para Rio Claro”, acrescentou.

Geraldo Voluntário observou que muitos são os fatores que levam a ocorrência de acidentes de trânsito. “Os congestionamentos, a velocidade excessiva e o desrespeito às leis de trânsito sinalizam à necessidade emergencial de intervenções em várias localidades da cidade, entre elas o Avenida Brasil principal acesso ao Distrito Industrial onde o caos se instala nos horários de pico”, detalhou.

Eraldo de Camargo, da Sulplast, apontou a falta de fiscalização e a ausência de radares fixos na Avenida Brasil como fatores que dificultam o controle do trânsito na Avenida Brasil. “Nos horários de pico não há sequer uma viatura”, afirmou. “Fomos informados que nenhum radar fixo será colocado na Avenida Brasil, somente móveis. Avalio ser um erro”, disse.

Anderson Christofoletti informou o representante da Sulplast que o município já realizou concurso porém não dispõe de recursos financeiros para contratar os agentes de trânsito. “Mesmo assim, a Comissão de Direitos Humanos vai reivindicar à administração municipal viatura da Guarda Civil para o local nos horários de pico”, adiantou.

José Luiz Sampaio Almeida, da Whirlpool, sinalizou que cada empresa precisa estabelecer um plano de ação de controle do trânsito bem como a prefeitura. A partir daí, via a Comissão de Direitos Humanos, cruzar as informações e formatar documento único já que o fluxo desemboca na Avenida Brasil.

Ulisses Santos, da Owens Corning, destacou que o primeiro passo para o projeto Zero Acidentes na Avenida Brasil é a troca de informações. “Daí a importância desta reunião”, frisou. Ele defende a realização de ampla campanha para conscientizar a todos que acidente pode acontecer com qualquer pessoa a qualquer momento. “A maioria tem o pensamento equivocado que o risco de se envolver em acidente de trânsito é o mesmo de ganhar em loteria. As estatísticas mostram o contrário. Não podemos perder a vida ao tentar ganhar o pão de cada dia ou estudar. Isto é acidente de trajeto”, salientou.

Rômulo Rocchetti, da Brascabos, que mora em Rio Claro há pouco tempo, disse que se surpreendeu com a quantidade de motos em circulação. A seu ver, o poder púbico precisa implantar radares fixos na Avenida Brasil. “Somente desta forma, os abusos poderão ser coibidos”, apontou.

Adão de Souza admitiu que falta fiscalização na Avenida Brasil mas por outro lado observou que a Guarda Civil Municipal de hoje tem obrigações bem diferentes daquelas que constam no ato da sua criação. “Hoje, o guarda virou policial. Falta gente para atender as demandas”, informou Adão ao explicar que a Guarda não se limita mais à defesa do patrimônio público.

No encerramento, Anderson Christofoletti agendou para 4 de dezembro a próxima reunião. O objetivo é formatar todas as informações para que no próximo mês, projeto de controle do trânsito possa começar a ser elaborado.