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Realização de exames e transporte de pacientes polarizam encontro da Câmara com Mestrinel

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Os números referentes ao primeiro quadrimestre de 2013, apresentados pelo secretário Marco Aurélio Mestrinel no plenário da Câmara Municipal, quarta-feira passada, dia 29, foram o ponto de partida para questionamentos feitos por vereadores.

De acordo com o titular da pasta, responsável pela Fundação Municipal de Saúde, dos R$ 27 milhões de despesas pagas no período somente a folha de pagamento consumiu R$ 25 milhões. O relatório aponta, com relação às subvenções, que neste ano a Santa Casa de Misericórdia ainda não recebeu nenhuma parcela. Mestrinel informou que a Fundação está pagando, em dia, as parcelas da renegociação referente ao débito de 2012 com o hospital.

O relatório aponta também que os 1.514 exames oferecidos pela Saúde de janeiro a abril deste ano consumiram R$ 107 mil dos cofres da Fundação. Entre os exames, destaques para os 469 oftalmológicos , 470 ultrassom e 266 laboratoriais.

Dalberto Christofoletti indagou o secretário sobre a demora à liberação de ressonância magnética. Segundo Mestrinel, trata-se de um exame de alto custo que o município não dispõe – “nem o serviço privado”, frisou. Ele explicou que este tipo de exame é realizado em Limeira com empresa que venceu processo licitatório realizado pela prefeitura e enfatizou: “Nenhum paciente com grau 1 deixa de ser atendido dentro de 30 dias”.

Raquel Picelli levantou grave problema que causa transtornos a muitos pacientes transportados para unidades de urgência e emergência do município. A vereadora comentou com o secretário que muitos pacientes, encerradas as consultas, não têm como retornar às suas casas. “Há pessoas que moram nos distritos da cidade, outras em bairros periféricos distantes que deixam os prontos socorros após o encerramento do serviço do transporte urbano. Há também casos de pessoas que não dispõem de recursos para utilizar o transporte público. Este problema precisa ser resolvido”, sinaliza.

Mestrinel explicou que a ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) tem a finalidade de atender a ocorrência. Ele sinalizou que o paciente é conduzido de volta a seu lar quando médico solicita o serviço. “Utilizamos a chamada ambulância branca, mas, para a Fundação este tipo de serviço tem um alto custo”, disse o secretário ao defender duas propostas: ”Extensão do transporte público com a criação de uma linha especial para atender pacientes de prontos socorros no período noturno ou a liberação de senhas, através de triagem, para que pacientes possam utilizar o transporte da Fundação”, comentou.

Maria do Carmo Guilherme colocou na pauta o problema que o município vem enfrentando para custear a chamada insulina purificada. Mestrinel informou que nos últimos quatro meses, a Fundação teve gasto elevado com este tipo de insulina que para algumas pessoas têm ação mais rápida. “Não há estudo que comprove tal eficácia. Este tipo de insulina é 508% mais cara que a insulina de longa duração fornecida pelo Ministério da Saúde”, apontou.

A peemedebista solicitou informou ao secretário se há falta de medicamentos na rede pública. Mestrinel afirmou que não com raríssimas exceções, porém, alertou a comunidade que Rio Claro conta com 110 farmácias credenciadas em programa do governo do Estado que distribuem diversos remédios gratuitamente. “Estes medicamentos deixamos de comprar. Não têm nos postos de saúde, mas, estão disponíveis nas farmácias credenciadas”, observou.

No encerramento da sua fala, Mestrinel foi questionado por Geraldo Voluntário se há migração de pacientes em Rio Claro. O secretário respondeu que sim, mas, adiantou que após a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento, UPA 24 horas, o processo de informatização avançou. “Temos pacientes que passam três, quatro ou cinco vezes em postos diferentes. A informatização vai conter este problema”, disse o responsável pela Fundação de Saúde acrescentando ”que a liberação de resultados de exames no mesmo dia está contribuindo para combater a migração de pacientes”.