Delegado da Seccional da Polícia Civil de Rio Claro, Francisco Osvaldo Martins Hope e o comandante do Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Marco Antônio Bellagamba apresentaram números referente a ocorrências registradas entre janeiro e maio deste ano no município que apontam a redução da criminalidade na análise mês a mês.
Francisco Hope, no início da sua fala, deixou claro que a estatística referente ao primeiro quadrimestre de 2012 com o mesmo período de 2013, divulgada recentemente pela imprensa local, mostra aumento da violência na cidade. Porém, a análise dos registros policiais de janeiro a maio deste ano revela quadro otimista. “Destacamos que neste mês ainda não foi registrado nenhum homicídio em Rio Claro”, observou o delegado da Seccional.
Entre os números apresentados, Francisco Hope também fez algumas considerações referentes ao período de janeiro a maio de 2012 e 2013. O levantamento aponta que no ano passado, a Polícia Civil efetuou 46 prisões em Rio Claro relacionadas a tráfico de drogas. Neste ano, no mesmo período, as prisões totalizaram 110, ou seja, aumento de 64%.
O delegado enfatizou que no ano passado foram apreendidos quatro quilos de drogas enquanto em 2013, até o momento a polícia já contabiliza a apreensão de 117 quilos de entorpecentes. “Com relação a prisões, registramos 252 e, 2012 contra 351 neste ano”, disse o comandante da Polícia Civil levando-se em conta que neste número não estão computadas as prisões por pensão alimentícia e mandados de prisão. “Podemos afirmar que a polícia está trabalhando muito nas ruas da cidade. Os números comprovam a minha fala”, acrescentou.
O tenente-coronel Bellagamba também apresentou números referentes a ações da Polícia Militar. Entre eles, destaques para: 62 ações que resultaram em flagrantes realizadas neste mês contra 22 no ano passado; 79 prisões em flagrantes neste ano contra 31 no ano passado; 12 armas de fogo apreendidas neste ano contra 12 em 2012.
João Zaine comentou na reunião do projeto aprovado em segunda discussão na Câmara, que leva a sua assinatura, que determina a fixação do adesivo do Disque-Denúncia em todos os veículos e órgãos públicos. “Sempre digo que a melhor arma da Polícia Civil não é uma metralhadora e sim a informação já que trabalhamos na investigação dos delitos. Por isso, fortalecer o Disque-Denúncia é uma forma que a Câmara encontra de nos auxiliar muito”, disse Francisco Hope. Bellagamba divulgou que o Batalhão da PM de Rio Claro ocupa posição de destaque no ranking estadual do Disque-Denúncia. “Com o apoio do poder público municipal, esta situação vai melhorar ainda mais”, completou.
Paulo Guedes indagou se o aumento dos roubos no município não estaria ligado às apreensões de drogas devido à dívida que a pessoa contraiu com o traficante. Para o delegado da Seccional tal associação não é possível já que a maioria das pessoas flagradas com drogas é autuada em flagrante e retirada de circulação.
Anderson Christofoletti questionou o comando policial da cidade sobre tema atual: a redução da maioridade penal para 16 anos. Francisco Hope avalia que o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, prevê medidas corretivas as quais podem ser melhoradas antes de ser alterar o Código Penal. Mas, sinalizou: “O direito é dinâmico e não estático. Tudo requer análise minuciosa”. Bellagamba já posicionou-se a favor da mudança ao revelar: “Não se pode permitir que o policial seja xingado e até tenha pedras atiradas contra si por menores nas portas de escolas e na periferia”.
Ao dizer que o Estado deixa a desejar no que diz respeito a investimentos na área da segurança pública, Raquel Picelli defendeu a lei, de sua autoria, que trata do Desarmamento Infantil. “Hoje, a televisão e videogames mergulham crianças e adolescentes no mundo virtual extremamente violento. Temos de alterar esta política. Esta lei será trabalhada na nova comissão da Câmara – a de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente”, afirmou. O delegado Hope apoiou a iniciativa de Raquel Picelli e acrescentou que hoje em dia muitos assaltos são praticados com armas de brinquedo.
Agnelo Matos defendeu que as polícias Civil e Militar atuem de forma integrada com a Secretaria Municipal de Segurança para que as câmeras de monitoramento possam auxiliar no combate à criminalidade bem como na investigação policial. “Temos de priorizar a ação integrada, unir esforços”, disse o presidente da Câmara. Os comandantes das polícias concordaram com o vereador por entenderem que a fiscalização eletrônica trata-se de um avanço nas operações hoje em dia.
Maria do Carmo Guilherme, presidente da Comissão de Finanças que foi responsável por organizar o encontro, solicitou atenção especial por parte da polícia nos distritos da cidade, na Vila Nova – onde o consumo de drogas preocupa – e em especial na praça pública da Avenida 26 com a Avenida Visconde onde além do consumo de drogas a prostituição é uma triste realidade. Geraldo Voluntário defendeu ações na área da prevenção e Juninho da Padaria discursou contra o comércio de drogas na porta das escolas.
Também participaram da reunião: vereador Júlio Lopes, Heloísa Maria Cunha do Carmo e Antônio Carlos Riani representando a administração municipal.