- Notícias

Entidades justificam subvenções pleiteadas com trabalhos prestados para a comunidade

Compartilhe:

A Comissão de Finanças da Câmara Municipal, presidida por Maria do Carmo Guilherme, realizou na tarde de terça-feira, dia 14, audiência pública no plenário da Casa. Na ocasião, entidades que recebem subvenções sociais dos governos municipal e estadual apresentaram os trabalhos desenvolvidos aos vereadores.

Representantes das entidades SOS Aldeias, União de Amigos do Menor (Udam), Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), Associação de Pais e Amigos Excepcionais (Apae), Nosso Lar, Lar Espírita Esperidião Prado, Centro Espírita Verdade e Luz, Projeto Viver e Conviver, Núcleo Arte e Vida e Abrigo São Vicente de Paulo estiveram presentes.

Eliane Reis falou pela SOS Aldeias, organização que existe no país há mais de quatro décadas. Segundo ela, o trabalho já é desenvolvido em 11 Estados além do Distrito Federal. “Estamos em Rio Claro a convite da prefeitura”, adiantou.

De acordo com Eliane, a SOS Aldeias é responsável por seis casas-lares as quais abrigam 54 crianças de Rio Claro e nove de outras cidades vizinhas. Este projeto substitui o trabalho desenvolvido pelo Nosso Lar. Em cada casa-lar, explica a representante do SOS Aldeias, há uma cuidadora-residente que conta com apoio de pedagoga, cuidadora substituta, entre outras profissionais.

Adriano Marques representou a Udam explicando que no momento há 19 projetos sociais em andamento. Segundo ele, a entidade conta com subvenções do poder pública e também do setor privado como, por exemplo, o apoio recebido do Rotary Clube recentemente. “É preciso padronizar as prestações de contas para que todas as entidades tenham clareza do caminho a ser percorrido”, finalizou o advogado frisando que apenas na região do Jardim Bonsucesso há mais de 2 mil crianças que precisam de atenção da comunidade organizada.

Ruth Costa da Silva, da Adra observou que a Adra trabalha com 160 crianças do Jardim Bonsucesso e Novo Wenzel com idades entre seis e 13 anos. As atividades não se limitam ao esporte e lazer. “Temos um trabalho muito bom na área da música”, destacou. A entidade conta com seis monitores, assistente social, auxiliar administrativo, duas cozinheiras, entre outros membros da equipe. “Servimos duas refeições diárias além de disponibilizar sucos e muitas frutas”, completou.

Representante da Apae, Sônia Buchidid informou que a entidade trabalha com 270 alunos os quais possuem deficiências múltiplas, intelectuais e transtornos globais no desenvolvimento. “No Brasil, a Apae atende 2 mil pessoas nas áreas da assistência, educação, saúde e gestão”, comentou. Em Rio Claro, a entidade conta com 85 funcionários. “Atendemos os autistas entre os alunos que possuem transtornos globais no desenvolvimento”, afirmou.

De acordo com Sônia Buchidid, a Apae conta com importante apoio da Prefeitura Municipal no transporte. “A administração nos disponibiliza cinco linhas de ônibus. Temos ainda três Peruas Kombi mais a ajuda de pais que transportam alunos”, sinalizou.

O Lar Espírita Esperidião Prado foi representado por Celso Desiderá. A entidade conta com nove casas destinadas ao abrigo de mães com seus respectivos filhos. “No nosso projeto, as mães trabalham e 70% do que recebem ficam guardados na poupança”, comentou.

O Esperidião Prado conta com equipe de trabalho formada por quatro monitoras, duas cozinheiras, psicóloga, assistente social, entre outros profissionais. O objetivo do trabalho é garantir o desenvolvimento tanto da mãe quanto do filho através do acolhimento.

Maria Aparecida Juliano falou pelo Centro Espírita Verdade e Luz e pelo Instituto Viver e Conviver. De acordo com ela, o Centro Espírita conta com 80 anos de atividades. Entre as atividades desenvolvidas, está o Núcleo do Serviço Social do Migrante que funciona no Terminal Rodoviário. “Somente em 2012, foram mais de 4 mil pessoas atendidas. Destas, 1.754 eram migrantes, 1.842 itinerantes e 740 da chamada população de rua”, detalhou.

Segundo Maria Aparecida, o Viver e Conviver atende hoje 104 crianças com idades entre seis e 15 anos. “Somos responsáveis pela alimentação diária de todos esses menores”, afirmou.
“O instituto conta ainda com os projetos Pro-Jovem, onde 50 jovens com idades entre 15 e 17 anos são atendidos, e o Atenção Especial ao Idoso que atende 70 pessoas da melhor idade”, acrescentou.

Com relação aos moradores de rua, citou Maria Aparecida, Rio Claro recebe muitas pessoas diariamente de São Carlos, Limeira, Araras e Itirapina. “Muitas delas chegam ao nosso município caminhando”, frisou.

Rosane Pereira, do Núcleo Arte e Vida, disse aos vereadores que o trabalho atende moradores do Jardim Bonsucesso. Entre a equipe de trabalho destaque para a parceria com alunos da Unesp. “Temos ainda suporte de uma coordenadora pedagógica e de muitos voluntários”, explicou. A entidade desenvolve atividades em quadra poliesportiva coberta e em sala de informática.

Eliana Vaz da Silva falou pelo Asilo da Velhice São Vicente de Paulo. Ela apontou que o local abriga 110 idosos atualmente e que há 96 pessoas na lista de espera. Para atender a todas essas pessoas, disse Eliana, o asilo conta com 51 funcionários.

No encerramento dos trabalhos, Maria do Carmo solicitou às entidades que enviassem documentos contendo informações de como as subvenções são aplicadas. “Estes documentos ficarão guardados aqui na Câmara para que qualquer vereador possa sanar dúvidas”, afirmou. A medida recebeu a aprovação do vereador Professor Dalberto, que integra a comissão, por entender que a aprovação anual das subvenções às entidades precisa ser respaldada por informações completas.

Juninho da Padaria, membro da Comissão de Finanças, destacou que a Câmara não é contra as subvenções, mas, adiantou: “É preciso saber como o dinheiro público está sendo utilizado pelas entidades”.

Secretária municipal da Ação Social, Luci Helena Wendel Ferreira fechou os trabalhos dizendo que as Organizações Não-Governamentais (ONGs) e entidades foram a rede assistencial do município. “Sem o trabalho de todas as pessoas não teríamos condições de ter resultados positivos no setor”, comentou a secretária.