Através da distribuição de panfletos, discurso na tribuna da Câmara, na sessão ordinária da última segunda-feira, e apoio ao movimento grevista, o vereador Sérgio Moracir Calixto defende reajuste salarial de 34% para os funcionários públicos municipais, além da instituição de um piso salarial de R$1.020,00.
Calixto encaminhou ao prefeito municipal no inicio da tarde desta quarta-feira, dia 15, requerimento solicitando o estabelecimento do piso salarial e o aumento no vale-alimentação. Na avaliação do parlamentar, a administração municipal precisa neste momento ter preocupação igual a que teve quando elevou o salário dos diretores municipais em 34%. “Não entendo por que a prefeitura concedeu 34% para os comissionados e para os servidores municipais efetivos o reajuste limita-se a 7%”, afirma. “Na hora de conceder 34% de aumento para os diretores, criar a Secretaria de Manutenção e Limpeza Pública e enviar para a Câmara a criação de mais uma secretaria, a do Meio Ambiente, o governo municipal não se preocupou com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, que chegou a vez de definir o aumento dos trabalhadores este argumento furado novamente é colocado na mesa”, acrescentou.
Calixto defende que o funcionalismo passe a receber vale-alimentação no valor de R$ 200,00, levando em conta que várias cidades pagam até R$ 480,00 e que o piso da categoria seja de R$ 1.020,00, ou seja, um salário mínimo e meio.
Para o vereador do PRP, o movimento grevista é legítimo porque a administração municipal fechou as portas para a negociação. “Assim como nos anos anteriores, a prefeitura quer fazer o funcionalismo engolir a reposição salarial enquanto os funcionários comissionados, a maioria cabos eleitorais, têm seus reajustes bem acima da inflação garantidos”, afirma .
Para Calixto, o que está acontecendo neste momento é apenas mais uma demonstração de que a prometida valorização do servidor público não é nada mais, nada menos, do que promessa eleitoral. “Não dá para esquecer que recentemente, a prefeitura confirmou o pagamento de gratificação aos médicos enquanto os demais funcionários ficaram sem nenhum centavo extra sequer. Contra fatos não existem argumentos”, afirmou.