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Moradores reivindicam ações que possam garantir a segurança no bairro Santana

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O clima de insegurança na cidade neste início de ano, por conta do número elevado de homicídios, tráfico de drogas e assaltos, mobiliza a comunidade do bairro Santana. Moradores estiveram reunidos na última sexta-feira, nas dependências do João Rehder Neto com José Sepúlveda – diretor do Departamento Municipal de Segurança, comandante da Guarda Civil e encarregado patrimonial, com a vereadora Raquel Picelli, Éder Varussa da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema) e Maria Amélia Cestaro que atua como diretora da escola.
Na parte inicial do encontro, moradores pontuaram problemas detectados no bairro na área da segurança enfatizando o abandono que se encontra o antigo prédio da Faculdade Unesp e o funcionamento do Núcleo Administrativo Municipal, o NAM.
Sepúlveda informou aos moradores que a cidade possui atualmente 120 vigias patrimoniais e 150 guardas municipais os quais têm atuado em ocorrências diversas o que inclui ações integradas com a Polícia Militar (PM).
Na avaliação do comandante da Guarda, o avanço de índices na estatística da violência se dá pelo trabalho da polícia estar desativando muitos pontos de vendas de drogas, conhecidos como ‘bocas’, no município.
De acordo com Sepúlveda, a Guarda Civil está passando por processo de reorganização operacional que visa ampliar as ações na cidade com a colocação de profissionais em pontos estratégicos. O comandante salientou também a importância das câmeras de vigilância que já estão funcionando em Rio Claro.
Na avaliação de Sepúlveda, ao mesmo tempo em que a cobrança pela qualidade de serviço aumenta a cada dia, devido à necessidade emergencial de ampliar a defesa do patrimônio público, e da comunidade em geral, também se faz necessária valorizar a corporação que hoje não tem amparo e nem incentivos devido ao trabalho insalubre.
Solicitação da comunidade do bairro Santana, a implantação de uma base de segurança foi descartada por Sepúlveda. Ele avalia que além da Secretaria Municipal de Segurança não ter condições de manter a estrutura funcionando 24 horas/dia, o trabalho não inibe o crime. Ele defende ação setorizada como forma de garantir a sensação de segurança.
O comandante da Guarda garantiu que o patrulhamento será intensificado nas imediações do NAM em apoio ao vigia que trabalha no local. Disse ainda que vai solicitar alteração no horário do caixa 24 horas restringindo o seu funcionamento, dentro do NAM, até às 18 horas e de segunda à sexta-feira.
Com relação ao estado de abandono que se encontra o antigo prédio da Unesp, a vereadora Raquel Picelli adiantou que vai entrar em contato com a administração municipal para verificar a possibilidade de inviabilizar o acesso de andarilhos e usuários de drogas.
“O problema da vulnerabilidade do prédio não se limita ao uso de entorpecentes. As pessoas que moram próximas ao prédio temem a ação de assaltantes. É preciso agir, com urgência”, disse a vereadora.
Ao término do encontro, moradores avaliaram como positivo o diálogo destacando a importância de se discutir os problemas que o bairro enfrenta na área da segurança. Para Raquel Picelli, ouvir a comunidade, principalmente em um tema tão importante como é a segurança se trata de obrigação dos gestores públicos.