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Convívio com animais peçonhentos e mato alto tiram sossego na periferia, diz Geraldo Voluntário

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As carências que alteram a rotina dificultando o dia a dia no Condomínio Morada do Sol, mais conhecido como CDHU do Jardim Santa Eliza, foram elementos que formaram a pauta do encontro entre moradores e o vereador Geraldo Luís de Moraes, o Geraldo Voluntário (Democratas) nesta semana. Na reunião, o parlamentar apurou que as aflições das famílias estão ligadas às questões que passam pela manutenção urbana da cidade. Diante do levantamento, o democrata busca alternativas para que a comunidade possa ter resposta satisfatória do poder público.

Presidente da Associação do Condomínio Morada do Sol, Mário Luís de Oliveira lamenta o estado de abandono que o local se encontra. Segundo ele, os apartamentos construídos pela Companhia de Desenvolvimento e Habitacional Urbano, a CDHU.

Os problemas são os mais diversos, citaram os moradores para Geraldo Voluntário. Nesta época de chuvas, comentam os representantes do conjunto habitacional, a lagoa existente na área fica tomada pela água parada o que aumenta o risco de proliferação do mosquito da dengue. Nos dias quentes, explicam famílias entrevistadas, o mau cheiro é insuportável.

“Estamos falando de saúde pública. Não podemos conviver com esta lagoa próxima às nossas moradias”, comenta Mário de Oliveira. O presidente da associação aponta, também, como problema grave o matagal que toma conta de quase todo o conjunto habitacional. “O mato só não está na área de entorno dos blocos porque a gente paga para fazer a limpeza. No restante da área, parece que estamos morando em uma selva”, aponta Oliveira.

O mato alto gera problemas graves no Condomínio Morada do Sol. Maria Lúcia dos Santos Ferro, que mora no local há mais de dois anos, comenta que os apartamentos são invadidos diariamente por aranhas grandes, escorpiões, cobras e muitas baratas. “Temos aqui muitas crianças. Elas estão sujeitas a ter problema grave de saúde devido ao convívio com animais peçonhentos”, alerta.

Wilma Rosa, que mora no local há mais de 15 anos, aponta a iluminação pública também como problema que traz preocupação constante. Segundo ela, há vários trechos da localidade onde a escuridão gera medo às pessoas que precisam retornar para casa no período noturno. “Também há pontos que contam com iluminação, porém, a lâmpada funciona dia sim, dia não”, ressalta.

Para Antônio dos Santos Araújo, mais conhecido como Julião, com várias famílias morando no mesmo local a definição de áreas para a colocação do lixo doméstico se faz necessária para conter a proliferação da sujeira. “Tínhamos uma lixeira a qual foi parcialmente destruída pelo caminhão de coleta e até agora ninguém apareceu para reparar o dano”, disse o morador informando que a abertura no local, provocada pela colisão, permite aos cães invadir a lixeira e espalhar a sujeira em toda área de entorno.

Na parte estrutural do CDHU Jardim Santa Eliza, o presidente da associação Mário de Oliveira cita que muitas caixas d’agua precisam ser trocadas já que devido à ação do tempo começam a apresentar rachaduras. “A gente está buscando recursos para fazer a melhoria. Agora, a limpeza urbana, a iluminação das ruas e a conservação da pavimentação asfáltica, hoje comprometida por buracos, não temos como dar conta. Precisamos da ajuda do poder público municipal com urgência”, explica Oliveira.

Para Zilda Augusto, que mora no local há mais de oito anos, a manutenção da área se faz necessária para que a saúde das crianças possa ser preservada. “A nossa maior preocupação é com os pequenos. É impossível viver neste local tomado pelo mato em todos os lados sem correr o risco de ser picado por um escorpião ou por uma aranha”, sinalizou acrescentando que o único ponto de ônibus está afundando. “É um problema atrás do outro”, disparou.

Diante dos problemas encontrados no Morada do Sol, Geraldo Voluntário salientou que se faz necessário, primeiramente, apurar a quem cabe à manutenção externa da área. Mas, afirma: “Mesmo que parte da manutenção seja de responsabilidade do governo estadual não podemos ignorar que o cidadão mora e paga seus impostos na cidade. É nesta rota que vamos direcionar a nossa atuação parlamentar dando voz a estas pessoas através da discussão no plenário da Câmara Municipal”, finalizou Geraldo Voluntário afirmando que devido à quantidade elevada de crianças o conjunto habitacional também precisa de uma área de lazer.